Rubiales foi demitido na Espanha por beijar uma atleta; Dominguez merece a mesma punição

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O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, fez uma declaração infeliz ao comparar a ausência de clubes brasileiros na Copa Libertadores à história de Tarzan sem a macaca Chita. Essa analogia é profundamente problemática, pois remete a estereótipos racistas que associam pessoas negras a primatas, uma ofensa histórica e dolorosa. Embora Domínguez tenha emitido um pedido de desculpas posteriormente, alegando que sua intenção era positiva e que usou uma expressão popular sem intenção de ofender, o impacto de suas palavras não pode ser ignorado.  Veja a cara de deboche que ele fez no momento do crime:

Para contextualizar, a referência à macaca Chita, companheira de Tarzan nas histórias clássicas, carrega uma carga simbólica negativa, especialmente quando utilizada para se referir a brasileiros, considerando o histórico de insultos racistas no futebol sul-americano.

Este episódio nos remete ao caso de Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol, que foi condenado por agressão sexual após beijar a jogadora Jenni Hermoso sem consentimento durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina de 2023. Rubiales enfrentou uma onda de críticas e acabou renunciando ao cargo, além de ser condenado a pagar uma multa e indenização à jogadora, sendo proibido de se aproximar dela por um ano. 

Ambos os casos evidenciam comportamentos inaceitáveis de líderes máximos de entidades futebolísticas. Enquanto Rubiales foi responsabilizado por sua conduta inadequada e sofreu as consequências legais e profissionais, Domínguez, até o momento, limitou-se a um pedido de desculpas público. No entanto, considerando a gravidade de sua declaração e o contexto histórico de discriminação racial no futebol, é imperativo que medidas mais contundentes sejam adotadas.

Fora, Alejandro Domínguez!

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