Benita Paninoteca: sua  primeira visita obrigatória de 2025

Benita Paninoteca

A primeira visita de 2025 foi a um local que eu já “paquerava” desde o ano anterior, mas só havia passado rapidamente. Conheci o Benita Paninoteca em uma pausa rápida no meio da tarde, quando provei um café e uma focaccia artesanal deliciosa. Dessa vez, voltei para conhecer o menu de almoço, que oferece boas opções de massas preparadas na casa, assim como os molhos que as acompanham.

O lugar é quase uma portinha discreta na 402 Sul, logo ao lado do Dom Francisco, com a parte de panificação em vitrine bem convidativa, logo na entrada. A ambiência, pensada milimetricamente para remeter à atmosfera mediterrânea, conseguiu trazer aconchego e, ao mesmo tempo, aproveitar bem o pequeno espaço interno da loja. Lá, a gente se sente quase em uma sala de estar, onde é possível sentar-se no sofá e ficar ali bebendo, comendo e batendo papo por horas. Fiquei na varanda coberta e, apesar da chuva eterna dessa época em Brasília, foi muito agradável também, pois gosto de almoçar com essa vibe ao ar livre e com muita luminosidade.

Antes de partir para o prato, provei o Varal Benita, uma entrada muito bem servida, que vale também ser pedida como opção para beliscar em grupo, acompanhada de um bom vinho — que pode ser vendido em garrafa ou taça — ou drinques.

O varal vem com fatias de presunto parma, duas brusquetas, dois arancini, stracciatella com toque de limão-siciliano e tomates assados, molho de ragu gratinado e cesta de pães, por R$ 89.

A qualidade do ragu e da stracciatella é de alto nível. As brusquetas, além de deliciosas, são bem servidas em tamanho, e o pão não chega a ser duro, mas tem a firmeza necessária para não deixar vazar o recheio por cima. Inclusive, segurou bem até quando já estava frio no final (eu como devagar).

Varal Benita, do Benita Paninoteca.
Varal Benita, do Benita Paninoteca. Crédito: Divulgação

Como prato principal, indicaram-me a parmegiana (R$ 74), e de cara eu já disse sim. É um prato relativamente simples, mas que amo e nem sempre (ou quase nunca) o preparo fica 100%, porque as pessoas costumam jogar o molho por cima do filé empanado e do queijo antes de ir ao forno. Daí, vira tudo uma coisa só e a “casquinha” se perde junto à crocância, ficando tudo inteiramente “molhado”.

Na Benita, preparam o filé empanado, colocam o molho e o queijo, e usam o maçarico para dar uma derretida e tostada, que traz também um gosto de defumado. Assim, o molho de tomate artesanal fica entre o queijo maçaricado e o filé empanado, que permanece crocante. Para contribuir ainda mais com a nota 10/10, tem o detalhe de o filé ser mais alto que o de costume e, ainda assim, ficar macio.

Filé à parmegiana, do Benita Paninoteca.
Filé à parmegiana, do Benita Paninoteca. Crédito: Divulgação

Além dele, outras opções que compõem o menu de principais são: ravióli com peixe no papelote (ravióli de queijo com raspas de limão-siciliano, molho de queijo e prosecco, acompanhado de peixe do dia, cenouras, ervilhas-tortas, cogumelos e alcaparras no papelote — R$ 74); o polpetone aromático com ravióli recheado com mix de queijos e especial molho de tomate, que está sinalizado como receita de família (R$ 62); além de uma seção de nhoque e talharim com diferentes molhos. Destaques para o de gorgonzola, pesto de manjericão (R$ 54) e o carbonara (R$ 54).

Nas sobremesas, quase pedi automaticamente minha queridinha Panna Cotta com calda de morango (R$ 25), mas existia uma Rabanada Brûlée recheada com chocolate (R$ 26) no caminho. Encontrar rabanada fora da época de fim de ano já é difícil, uma perfeitamente preparada então… A da Benita tem textura e altura. Dá até para cortar com a colher ou comer com a mão. Sequinha por fora, macia por dentro. Tão boa que eu até dispensaria o chocolate, que, incrivelmente, não a deixou excessivamente doce. Ainda vem um sorvete de creme para acompanhar.

Rabanada Brûlée recheada com chocolate, do Benita Paninoteca. Crédito: Divulgação
Rabanada Brûlée recheada com chocolate, do Benita Paninoteca. Crédito: Divulgação

O meu almoço foi enriquecido com drinques igualmente encantadores, todos com nomes de mulheres. Comecei pelo Francesca Sour (Ramazzotti, limão, manjericão, xarope de hibisco — R$ 30), leve, com toque cítrico. Fui para o Donatella (gin, vinho branco, água tônica, rodelas de lima-da-pérsia, pimenta-rosa e manjericão — R$ 36), refrescante e aromático. E fechei tudo com a versão da casa para o Negroni com café: Giulietta Coffee Negroni (gin infusionado em grãos de café, vermute e Campari — R$ 34). Mas, diferente do que provei no Barkowski, onde o café ia direto no drinque, aqui o gin infusionado trouxe o amadeirado do café sem roubar totalmente o dulçor do final, que o Negroni costuma trazer, apesar de seco e amargo. Senti bem mais equilíbrio, sem perder o apelo do original.

Drink Donatella, do Benita Paninoteca. Crédito: Divulgação
Drink Donatella, do Benita Paninoteca. Crédito: Divulgação

Olha aí três excelentes opções de drinques autorais por menos de R$ 40, galera!

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