Dois supostos membros de facções são mortos pela PM em mais um dia de violência em Porto Velho (RO)

CATARINA SCORTECCI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS)

Dois homens suspeitos de integrarem facções criminosas em Rondônia foram mortos na noite desta quarta-feira (15) pela Polícia Militar em meio a uma onda de violência que atinge a capital, Porto Velho, desde o início da semana.

De acordo com a PM, os dois homens reagiram a uma abordagem e “atentaram contra a vida dos policiais militares”. A reportagem ainda aguarda respostas do governo de Rondônia sobre as circunstâncias do episódio e a identidade dos homens.

A cidade vive uma onda de ataques promovida por facções criminosas, de acordo com a polícia. Segundo o governo estadual, a PM já fez mais de 350 abordagens, prisões e apreensões. Os nomes dos presos não foram informados.

Desde segunda-feira (13), cerca de 20 ônibus, incluindo 13 veículos escolares, foram incendiados por pessoas ligadas aos grupos criminosos, ainda segundo a PM.

Na tarde de quarta, 130 ônibus de transporte escolar foram recolhidos ao pátio do 5º Batalhão de Engenharia de Construção, após um pedido da Prefeitura de Porto Velho.

Um decreto assinado na quarta pelo governador em exercício, Sérgio Gonçalves (União Brasil), também proibiu a venda de combustíveis em recipientes avulsos, como sacos plásticos, garrafas de vidro ou plástico e galões.

O serviço de transporte público coletivo, totalmente suspenso na terça-feira (14), voltou a funcionar parcialmente na manhã desta quinta-feira (16), de acordo com a Semtran (Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transporte).

“A retomada das operações ocorreu após o reforço na segurança do transporte público, que será monitorado pela Polícia Militar”, diz a pasta. A previsão é que os veículos sejam recolhidos à garagem no início da noite.

Agentes da Força Nacional chegaram nesta quinta a Porto Velho, após autorização do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A segunda parte do efetivo deve chegar nesta sexta-feira (17).

A PM afirma que os ataques representam uma retaliação à Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, deflagrada no final de dezembro em dois condomínios de habitação popular, o Morar Melhor e o Orgulho do Madeira, onde haveria atuação de organizações criminosas como PCC e Comando Vermelho.

Na noite de domingo (12), um policial militar, o cabo Fábio Martins, foi assassinado a tiros dentro do residencial Orgulho do Madeira, onde ele morava. No dia seguinte, na tarde de segunda, a PM intensificou a operação.

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