Lula deixa UTI, faz caminhada em hospital e diz estar firme e forte

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O presidente Lula, 79, segue internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O petista deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e, segundo boletim médico divulgado nesta sexta-feira (13), “segue lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores”.

A partir de agora, o presidente passa a ter o que é chamado de cuidados “semi-intensivos”, com monitoramento em intervalos ampliados.

Em postagem nas redes sociais, Lula agradeceu as orações e mensagens.

“Peço que fiquem tranquilos. Estou firme e forte! Andando pelos corredores com @marcos_stavale, o neurocirurgião responsável pelo meu procedimento, conversando bastante, me alimentando bem e, em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira.”

“2025 está chegando e temos muitos encontros pelo Brasil e pelo mundo. Obrigado pelo carinho de vocês e por toda a dedicação da equipe médica. O amor que recebo me mantém sempre pronto para seguir!”

Lula foi internado para realizar cirurgia de emergência na terça-feira (10) em razão de um hematoma de três centímetros detectado entre o cérebro e uma das membranas (meninges) que envolvem o órgão.

O hematoma se formou após quase dois meses de uma queda no Palácio da Alvorada, em 19 de outubro.

Na ocasião, Lula caiu de um banco no banheiro ao cortar as unhas, segundo seu relato, e teve que receber pontos na nuca.

Nesta quinta-feira (12), Lula foi submetido a uma embolização, procedimento para reduzir o risco de novo sangramento intracraniano.

Segundo o cardiologista Roberto Kalil, médico do petista, o procedimento foi um sucesso e não muda nada na recuperação do presidente, que tem alta prevista para o início da próxima semana.

Em entrevista coletiva no hospital na quinta-feira, o neurorradiologista José Guilherme Caldas disse que o procedimento desta quinta-feira, similar a um cateterismo, visou interromper o fluxo de sangue que abastece a cápsula formada pelo hematoma -evitando, assim, um novo acúmulo no local.

Para isso, foi injetado, por meio de uma sonda, um componente químico similar a uma gelatina no vaso sanguíneo que leva ao local, com o objetivo de entupi-lo.

Com isso, o risco de novo sangramento passa a ser “desprezível”, segundo os médicos.

Ainda de acordo com eles, a partir da alta, prevista para segunda ou terça-feira, o presidente pode voltar a Brasília e retomar a agenda de trabalho aos poucos, sem atividades físicas por algumas semanas. As visitas seguem vetadas até o final da internação, com exceção dos familiares do presidente.

Segundo Kalil, Lula terá “alta hospitalar”, mas não “alta médica”.

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