Leila concentra debate sobre energia

A senadora brasileira Leila Barros enfureceu-se com a possibilidade de concessão de incentivos à produção de carvão quando se discutia a reforma tributária. Bateu boca – e feio – com o também senador Jorge Seif, de Santa Catarina, estado produtor de carvão.

Seif lembrou que, nos recentes períodos de seca e de enchente, a forma de manter abastecimento de energia prendeu-se às termelétricas, movidas a carvão. Leila endureceu o jogo.

“Nós falamos aqui sobre a nossa matriz energética, respeitando os pensamentos divergentes. O mercado de carbono vai justamente ao encontro do futuro, porque, se temos hoje queimadas – a memória é curta de alguns aqui; em agosto e setembro nós tivemos o maior índice de queimadas neste país. Tivemos enchentes no Rio Grande do Sul, e tudo isso é por quê? Por causa das emissões de gases efeito estufa”.

Então, acrescentou, a Casa tem que se debruçar em pautas que, de fato, sejam importantes para o país, não ficar com essa narrativa de que o Brasil se curva a A, se curva a B; o Brasil tem que cumprir o seu papel como um dos países que mais se beneficiam na questão ambiental.

Nós temos que cuidar dos nossos ativos ambientais, e o mercado de carbono vai a esse compromisso, que é o desenvolvimento sustentável, uma economia próspera, mas, acima de tudo, o compromisso com as futuras gerações.

O presidente Rodrigo Pacheco quis ligar os microfones, mas Leila dispensou: “posso falar com minha própria voz, inclusive, porque nós estamos tratando da questão setorial do meio ambiente aqui… Destinaram R$ 10 milhões em desenvolvimento e infraestrutura aqui, mas quase 1 bilhão, meio bilhão, para a questão do meio ambiente, a gente peca de novo. Aí, é uma vergonha a gente tratar de orçamento aqui, para tratar de incêndio.”.

“Ineficiente nada! É a desconstrução que está havendo desde outros governos, inclusive o anterior, que se paga porque não tem orçamento, e nós estamos tratando novamente de orçamento nesta Casa, e se impõem, setorialmente, 10 milhões, os pífios 10 milhões para combate a incêndios neste país”, concluiu Leila.

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