Sexta-feira 13 é mesmo um dia de azar?

sexta feira 13

Para os supersticiosos, a sexta-feira 13 representa má sorte, contudo, parece que com o passar do tempo, a data tem ficado menos assustadora. Muitos não conhecem a origem dessa data, que também envolve momentos da história e mitos. Segundo historiadores, a primeira menção feita à data foi no final do século XIX, em folhetins e jornais. Na mitologia nórdica, por exemplo, a sexta-feira 13 significa um presságio do caos.

No DF, muitos não acreditam no azar desse dia. Segundo Maria Luiza Alves, estudante de 18 anos, moradora de Taguatinga, a data não lhe dá medo nenhum. “Nunca tive medo da sexta-feira 13 e nunca me aconteceu nada de ruim nesse dia, mesmo tendo crescido em uma família religiosa e com muitas superstições. Acho que com o avanço da tecnologia e da informação, as pessoas têm ligado menos pra isso”, contou ao Jornal de Brasília.

Para outros, a data é um momento de sorte e propício para manifestar desejos. “Na sexta-feira 13 costumo fazer simpatias para atrair prosperidade e boas energias. Ao contrário de muitos, eu vejo essa data como uma oportunidade para me reconectar comigo mesma, refletir e ver o que eu preciso melhorar na minha vida”, destacou Roberta Souza, de 24 anos, atendente de uma farmácia em Vicente Pires.

Em uma pesquisa realizada pela reportagem, por meio das redes sociais, que contou com a participação de 44 pessoas, foi possível observar que 95% daqueles que responderam à pesquisa não acreditam no azar da sexta-feira 13, enquanto apenas 5% acreditam na má sorte desta data. A faixa etária dos que responderam vai de 19 a 39 anos, o que mostra que as gerações mais novas já possuem um pensamento diferente sobre essa superstição.

De acordo com especialistas, a superstição em si não tem poder real sobre a realidade. Ou seja, a sensação de azar associada a essa data pode ser explicada pelo efeito placebo ou pelo pensamento mágico, em que a pessoa, ao acreditar que algo ruim vai acontecer, acaba percebendo ou até provocando eventos negativos. O azar não está especificamente na data, mas na interpretação que as pessoas fazem dela.

Mitos

Na tradição cristã, por exemplo, acredita-se que o número 12 seja um número de perfeição e harmonia, simbolizando, por exemplo, os 12 apóstolos de Jesus. O número 13, por outro lado, é visto como um número “extra”, fora de lugar, o que o tornaria um número de má sorte. Além disso, esse dia da semana foi historicamente associado ao dia da crucificação de Jesus, que teria ocorrido em uma sexta-feira.

Com o cinema, a superstição ganhou força imensa na cultura popular, impulsionada por séries de filmes como “Sexta-feira 13”, iniciada em 1980, que consolidou a data como um símbolo de terror. No filme Jason é um assassino mascarado que ataca suas vítimas em um acampamento. Na Grécia, o número 13 também é considerado azarento, fazendo as pessoas desistirem de viagens e decisões importantes com medo de algo dar errado.

Amantes dos animais e muitos médicos veterinários alertam os donos de gatos pretos que evitem deixar os animaizinhos saírem nas ruas na sexta-feira 13, pois mesmo que isso sejam mais incomum hoje em dia, ainda existem rituais onde gatos pretos são sacrificados por serem associados ao sobrenatural de maneira negativa. Vale destacar que esse tipo de prática não tem base em tradições religiosas e é considerado crime.

Em outros locais do mundo, como na Itália, o cenário se inverte. Por lá, o número 13 é visto com mais otimismo, sendo considerado um símbolo de boa sorte. No Brasil, com o advento das redes sociais, o número 13 têm sido reinterpretado de uma forma mais divertida e utilizado como um gancho para a criação de eventos temáticos, festas de Halloween e até de promoções especiais no comércio.

Saiba Mais

A sexta-feira 13 acontece uma vez por ano, mas pode chegar a ocorrer três vezes no mesmo ano, como ocorreu em 2017 e neste ano de 2024. Para a numerologia, o número 13 é visto como um número de transformação e mudança, representando o ciclo de morte e renascimento. Para muitos, ele é considerado um número que leva à renovação e ao autoconhecimento.

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