Família cobra atenção à saúde após morte de mulher com suspeita de meningite

Aurilene Marques da Silva, de 52 anos, morreu no último dia 4 de dezembro, no Hospital Geral de Roraima (HGR), com suspeita de meningite. A família da paciente afirma não ter recebido qualquer tipo de acompanhamento ou orientação após o óbito, mesmo diante da possibilidade de transmissão da doença.

“Minha mãe faleceu com suspeita de meningite, e até agora ninguém entrou em contato comigo ou com a família para fazer exames ou aplicar a vacina. Vi que disseram que estavam cuidando dos familiares, mas isso não é verdade. Nunca mandaram uma mensagem sequer para saber como estamos, já que disseram que a doença é transmissível”, relatou Wallison Marques, filho de Aurilene.

O que diz a Secretaria Municipal de Saúde

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) esclareceu que a meningite pneumocócica, causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, não tem potencial de gerar surtos, conforme orientações do Ministério da Saúde. Por esse motivo, não é indicado o acompanhamento de contatos próximos.

A SMSA explicou que as formas mais graves de meningite, como a meningocócica, causada pela Neisseria meningitidis, têm maior risco de transmissão por meio de gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro. No caso específico da paciente, as orientações incluem estar atento a sinais e sintomas e procurar atendimento médico em caso de suspeita.

Confira, na íntegra, a nota da SMSA:

A Secretaria Municipal de Saúde informa que o diagnóstico da paciente que faleceu no dia 4 de dezembro foi de meningite pneumocócica, causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Ressaltamos que, nesse caso, a doença não possui potencial para gerar surtos, motivo pelo qual o Ministério da Saúde não recomenda acompanhamento de contatos próximos.

As formas mais graves de meningite geralmente são causadas por bactérias Gram-negativas, como a Neisseria meningitidis (meningococo), responsável pela meningite meningocócica. Essa doença é transmitida por contato íntimo e prolongado com gotículas respiratórias do portador, expelidas pela fala, tosse ou espirro.

A SMSA orienta a população a estar atenta a sinais e sintomas, buscando atendimento hospitalar imediato caso eles se manifestem. Reforçamos também a importância de manter o cartão de vacinação atualizado, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, que inclui as seguintes vacinas:

BCG: Protege contra tuberculose meníngea e deve ser administrada ao nascimento.
Pentavalente: Administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade.
Pneumocócica 10-valente (Pneumo 10): Administrada aos 2 e 4 meses, com reforço aos 12 meses.
Meningo C: Administrada aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses de idade.
Meningo ACWY: Para adolescentes de 11 a 14 anos.
Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23): Administrada em duas doses para crianças de 5 anos e em dose única para populações indígenas e idosos acima de 60 anos que vivam acamados ou em instituições de longa permanência.

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