BNDES assina contrato para financiar R$ 10,6 bi do Rodoanel, Metrô e trem SP-Campinas

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ANDRÉ BORGES E RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta sexta-feira (29) contratos para financiar projetos da área de transportes no estado de São Paulo, num valor total de R$ 10,6 bilhões.

As obras serão financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o governo estadual e serão destinadas para a expansão da Linha 2-Verde do Metrô, o trecho Norte do Rodoanel Mário Covas e também para o trem que vai ligar a capital paulista a Campinas.

Com a prefeitura, o banco fechou um acordo para a compra de ônibus elétricos.

Os contratos foram assinados em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), além do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Um dos financiamentos será destinado para a expansão da Linha-2 Verde do Metrô de São Paulo, que atualmente liga a Vila Madalena à Vila Prudente. Ela será prolongada por 8,2 km e ganhará oito novas estações até a Penha.

O investimento total é de R$ 6 bilhões, com R$ 3,6 bilhões para os trens e R$ 2,4 bilhões na obra civil.

Segundo o Planalto, o financiamento do BNDES ao governo de São Paulo refere-se aos trens e exige que sejam produzidos pela indústria nacional. O projeto tem previsão de conclusão até dezembro de 2028 e vai atender 1,2 milhão de pessoas diariamente.

No trecho norte do Rodoanel Mário Covas, o BNDES vai financiar R$ 1,35 bilhão. O investimento total é de R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões destinados à finalização. A expectativa é de gerar mais de 10 mil empregos diretos e indiretos ao longo da execução da obra.

O Rodoanel interliga as 12 rodovias que cortam a região metropolitana de São Paulo. A estimativa é que as obras de ampliação desviem por dia cerca de 30 mil caminhões e 54 mil automóveis da marginal Tietê.

Essas obras foram incluídas pelo governo paulista no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Outro projeto que entrou no programa é o trem intercidades que vai conectar São Paulo a Campinas e terá investimento total de R$ 14,5 bilhões, com R$ 6,4 bilhões de financiamento do BNDES.

Segundo o governo federal, o financiamento foi dividido em duas etapas, sendo a atual, assinada em Brasília, no valor de R$ 3,2 bilhões. A segunda etapa, de mesmo valor, será assinada em 2025. O serviço expresso entre as duas cidades terá 101 quilômetros de extensão, com serviços paradores entre Francisco Morato e Jundiaí e conexões com os trens intermetropolitanos e a linha 7-Rubi do metrô de São Paulo.

O trem de média velocidade atinge até 140km/h e fará o percurso em 1h04min.

Com a Prefeitura de São Paulo, o BNDES assinou um contrato de R$ 2,5 bilhões, para a aquisição de 1.300 ônibus elétricos de fabricação nacional.

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