Lojas da 25 de Março estão sem luz há 1 semana

São Paulo, 26 – Comerciantes da região da 25 de Março, tradicional área comercial do centro de São Paulo, estão desde o dia 20 com parte da energia elétrica interrompida. Cerca de 110 lojistas afetados precisaram recorrer a geradores fornecidos pela Enel, concessionária responsável pela distribuição do serviço na capital paulista. Em parte da Rua Augusta, nos Jardins, também no centro, comerciantes disseram ter ficado até oito dias sem luz neste mês.

A ausência de parte de energia na região da 25 de Março – só as redes de 220 v pararam de funcionar – prejudicou o comércio, diz a União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco25). “Tivemos prejuízos, não tem como negar. Nós estamos em um período de carnaval, que é muito esperado pelo maior movimento de compras”, afirma Claudia Urias, diretora executiva da associação.

Em nota, a Enel disse que a queda de energia é causada pelas altas temperaturas na cidade nos últimos dias. O calor, segundo a companhia, causou aquecimento de galerias no subsolo e danificou equipamentos da rede subterrânea.

BOM RETIRO

A Rua José Paulino, no Bom Retiro, também foi afetada. Sobre a via, a Enel informou ontem ter trocado um transformador e disse que iria conectar os lojistas afetados à rede da distribuidora na madrugada de hoje. “No momento (tarde de ontem), os clientes afetados nesses locais seguem com energia, abastecidos por geradores.”

Segundo Claudia Urias, os problemas de luz na região são comuns e costumam ocorrer com a interrupção na fase 220 v. Ela conta que, na quinta passada, algumas lojas da Ladeira Porto Geral, da 25 de Março e outras da Rua Comendador Abdo Schahin tiveram interrupção do serviço de energia. “Na própria quinta-feira as lojas da Ladeira já se restabeleceram depois de uma hora, mas o problema persistiu em outros locais”, afirma. “A rede é subterrânea, tem de esperar resfriar para entrar para ver o que está ocorrendo. Eles (funcionários da Enel) viram que estava muito complicado de entrar e já mandaram os geradores.”

Segundo Claudia, 110 lojistas afetados conseguiram normalizar o serviço com os geradores. Ainda por meio de comunicado, a Enel diz que o trabalho em rede subterrânea “é complexo” porque “envolve atuação em espaços confinados, necessidade de resfriamento prévio das galerias e exige cuidado redobrado com a segurança dos profissionais”.

“As equipes da distribuidora seguem atuando na reconfiguração dos trechos danificados, assim como em ações de reforço da rede elétrica que atende a` região”, acrescentou a concessionária.

RUA AUGUSTA

Já na Rua Augusta comerciantes dizem que a falta de luz teve início no dia 18. O problema se localizou entre as Alamedas Tietê e Lorena. Cerca de metade do quarteirão ficou sem luz. Entre os locais afetados estava um prédio comercial que, segundo moradores, teve a energia restabelecida na sexta. Em nota, a Enel informou que normalizou o fornecimento de energia na Rua Augusta durante a madrugada e na manhã de ontem.

Estadão Conteúdo