Cidadania não acompanhará PSDB em nova fusão

Enquanto o PSDB examina a possibilidade de se federar ou mesmo fundir com o PSD, com o MDB ou mesmo com o Podemos, o Cidadania, hoje federado com os tucanos, não acompanhará essa aventura. Pelo contrário, quer é deixar a federação assim que terminar o prazo de quatro anos de duração obrigatória dessa medida.

O presidente do diretório brasiliense do Cidadania, o ex-governador e ex-senador Cristovam Buarque, acha que “nosso casamento com o PSDB foi um desastre completo”. Cristovam criticava a tese da federação antes mesmo de ser firmada, alegando que ela apenas abalaria a identidade dos dois partidos. Realmente, o resultado foi fraco.

O PSDB, que chegou a ser o segundo maior partido do Congresso, tem hoje apenas 12 deputados e um senador. E o Cidadania está com quatro deputados. A única vantagem é que os dois partidos atingiram o quociente eleitoral mínimo para preservar tempo de TV e fundo eleitoral, embora em fatias mínimas. Cristovam não descarta que, após dissolvida a atual federação, o Cidadania venha a fazer outro casamento. Mas garante: “o que temos claro é que não será com o PSDB”.

Direção brasiliense deixa questão nas mãos de Perillo

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Sandro Avelar. Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília

Quando lhe perguntam sobre a fusão, o presidente do PSDB-DF, o secretário de Segurança Sandro Avelar, reforça a confiança na liderança nacional de Marconi Perillo.

“Marconi Perillo é um político de grande experiência e prestígio, reconhecido dentro e fora do PSDB. Temos plena confiança em sua capacidade de nos conduzir no caminho certo.”

Entretanto, se Sandro evita firmar uma posição, ao menos por enquanto, os eventuais candidatos do partido a deputado federal ou distrital – ao menos por enquanto não há ninguém que se proponha a um majoritário – temem os resultados de uma nova federação. Na hipótese mais mencionada, a federação com o PSD, seria difícil obter uma cadeira parlamentar.

O PSD já tem dois distritais fortes, Robério Negreiros e Jorge Vianna. Para federal, todos sabem que o PSD conta com um candidato preferencial, André Kubitschek, filho de seu presidente regional, o ex-governador Paulo Octávio. Com o MDB, o problema é ainda maior.

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