Casal sofre homofobia em viagem de ônibus de Balneário Camboriú para SP

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Um casal gay registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo alegando ter sofrido ataques homofóbicos durante uma viagem de ônibus entre Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e a capital paulista. Os dois rapazes teriam sido ofendidos por outra passageira sob a alegação de que teriam derramado bebida no chão e sujado sua bagagem.

“Veado” e “bibas” foram algumas das expressões usadas pela mulher. O caso é investigado pelo 78º Distrito Policial (Jardins).

“Nos próximos dias, as equipes da unidade irão notificar as vítimas e os envolvidos para prosseguimento das diligências visando ao esclarecimento dos fatos”, disse a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado, em nota.

A passageira não teve o nome divulgado. A defesa não foi localizada.

A Auto Viação Gadotti, empresa responsável pela viagem, repudiou o episódio e disse que “não compactua com qualquer ato de homofobia e preconceito”.

Segundo a empresa, o motorista não presenciou os fatos, pois estava conduzindo o ônibus.

O caso aconteceu no último dia 2, quando o programador Wellington Gabriel dos Santos, de 28 anos, e seu namorado, o cabeleireiro Ailton Flávio da Silva, retornavam para São Paulo, após passar o réveillon na cidade turística catarinense.

No boletim de ocorrência, Wellington relata que, por volta das 19 horas, a passageira sentada à frente do casal começou a reclamar que eles teriam derramado bebida e sujado os pertences dela.

Em seguida, mesmo diante da negativa deles, a mulher passou a proferir as ofensas.

“Essas bibas” e palavras de baixo calão são ditas pela mulher, como mostra vídeo gravado pelo casal. Os outros passageiros não intervieram durante a situação.

As imagens foram parar nas redes sociais. No registro policial, Wellington afirma que pediu ajuda a um dos motoristas do ônibus para identificar a passageira, mas não teria recebido suporte. Ao chegar em São Paulo, o casal procurou a polícia.

A Auto Viação Gadotti disse ainda que, por força da Lei Geral de Proteção de Dados, não pode divulgar os nomes dos passageiros, a não ser quando for requerido pelas autoridades. “Mais uma vez a empresa lamenta o ocorrido entre os passageiros e reforça o seu compromisso de respeito a todos os passageiros”, disse, em nota.

Estadão conteúdo

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