Integrante de facção acusado de cárcere privado e tortura é preso no Entorno do DF

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O integrante da facção criminosa Comboio do Cão, Gleiber Stanley Ferreira da Mota, de 31 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira (8), acusado de torturar e raspar os cabelos da ex-namorada, de 26 anos, em Ceilândia.

O foragido tentou escapar, mas foi capturado na divisa entre Goiás e o Distrito Federal, no distrito de Santo Antônio do Descoberto. A prisão foi realizada por policiais militares da Companhia de Policiamento Especializado do Entorno Oeste (CPE/PMGO), em parceria com a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam II) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A investigação teve início em setembro de 2024, quando a vítima procurou a Deam II para registrar a denúncia. Segundo seu relato, Gleiber a manteve em cárcere privado durante uma noite inteira, agredindo-a fisicamente e raspando seus cabelos à força.

Diante da gravidade dos fatos, a delegacia solicitou a prisão preventiva do suspeito. Após meses de diligências, os policiais descobriram que ele estava escondido entre as regiões de Água Quente e Santo Antônio do Descoberto. Durante a operação, com apoio da Polícia Militar de Goiás, o homem tentou fugir, mas foi capturado.

De acordo com a delegada-chefe da Deam II, Mariana Almeida, o acusado possui antecedentes criminais e é considerado perigoso. Ele foi encaminhado à carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal, onde permanece à disposição da Justiça. Gleiber responderá pelos crimes de cárcere privado, lesão corporal e tortura.

Comboio do Cão

No dia 28 de novembro de 2024, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro operado pela facção criminosa Comboio do Cão (CDC). A organização utilizava empresas fictícias, como padarias, distribuidoras de bebidas, empreendimentos imobiliários e supostas produtoras de concreto, para ocultar e movimentar recursos provenientes de atividades ilícitas.

A Operação Fittizia, conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), cumpriu 14 mandados de prisão cautelar e 14 de busca e apreensão em Ceilândia, Taguatinga e Vicente Pires, além das cidades de Padre Bernardo (GO) e João Pessoa (PB). Também foram realizados sequestros de imóveis e bloqueio de contas bancárias e valores relacionados ao esquema.

O caso começou a ser investigado em junho, quando um membro do CDC, foragido e alvo de outra operação, foi preso utilizando um documento de identificação falso. A partir dessa prisão, os policiais identificaram uma rede estruturada que empregava fraudes e identidades fictícias para dificultar o rastreamento de bens e valores ilícitos.

As investigações revelaram que a facção utilizava contas bancárias em nome de laranjas para lavar capitais obtidos em esquemas fraudulentos.

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