Novo gabinete na França tem diversos nomes de gestões anteriores

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O governo da França anunciou nesta segunda-feira (23) os integrantes da administração do novo primeiro-ministro, François Bayrou. Os nomes foram divulgados pelo chefe de gabinete do presidente, Emmanuel Macron.

Entre os membros indicados estão dois ex-primeiros-ministros, Élisabeth Borne e Manuel Valls, nomeados para as pastas responsáveis pela educação e administração de territórios ultramarinos, respectivamente.

A expectativa é de que o gabinete ajude a articular a aprovação de um orçamento para 2025 e, assim, evitar um colapso que aprofundaria a crise política no país.

Borne era primeira-ministra até janeiro, tendo renunciado após encabeçar uma contestada reforma da Previdência no ano passado.

Valls, por sua vez, ocupou o cargo de 2014 a 2016, sob o socialista François Hollande. Sua nova posição o obrigará a lidar com desafios como os de Mayotte, território francês no Oceano Índico recentemente devastado por um ciclone, e o da Nova Caledônia, no Pacífico Sul, cujo movimento pela independência protagonizou confrontos violentos com as forças de segurança de Paris no primeiro semestre.

Outros nomes anunciados nesta segunda e já vistos em administrações passadas incluem os de Eric Lombard, atual chefe da Caisse des Depots, o braço de investimento do governo francês, que assume o Ministério das Finanças, e o de Gérald Darmanin, ex-ministro do Interior, que comandará a pasta da Justiça.

Enquanto isso, permaneceram em suas funções Bruno Retailleau, no Ministério do Interior; Jean-Noel Barrot, na chancelaria; e Sebastien Lecornu, na pasta de Defesa.

Bayrou lutou por quase dez dias para formar um governo, ao mesmo tempo em que busca evitar possíveis votos de desconfiança da ultradireita e da esquerda. Ele precisará começar a trabalhar imediatamente na aprovação de um projeto de lei orçamentária para 2025, após a resistência do Parlamento à proposta que levou à queda do seu antecessor, Michel Barnier, meros 90 dias após assumir.

Este será o quarto governo nomeado por Macron desde o início de seu segundo mandato em 2022.

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