Bancada mostra força

A guerra em torno do Fundo Constitucional teve o condão de mostrar a força da bancada brasiliense no Congresso. Isso foi fixado em uma imagem. Quando o relator Isnaldo Bulhões lia a parte de seu relatório que excluía a mutilação do Fundo, finalizando o texto, o plenário já estava praticamente vazio. Só a bancada do Distrito Federal acompanhava, disposta em torno do relator.

Até o governo sentiu a barra

Coube ao coordenador da bancada Rafael Prudente agradecer. Agradeceu a sensibilidade Isnaldo que cumprimentou Rafael e disse que o próprio governo teria tentado barrar a mudança não fosse o esforço e a união mostrado pela bancada.

Disse que nada disso teria acontecido sem que o coordenador da bancada tivesse adotado uma postura forte. Agradeceu em nome do governador Ibaneis Rocha e da vice Celina Leão.

Mas avisou: o êxito se deve à compreensão do coordenador da bancada e também à postura dos próprios deputados brasilienses, que souberam negociar.

Também no Senado

Na verdade, a bancada do senado também se articulou. Damares Alves foi várias vezes à tribuna, mas quem mais conseguiu votos foi Izalci Lucas, o que lhe deu força para garantir que, se a mutilação do fundo não caísse na Câmara, cairia no Senado.

Para isso valeu também o esforço da única governista da bancada, Leila Barros. Na tentativa anterior de mutilar o fundo, igualmente partida do governo, foi o Senado quem colocou as cartas na mesa e mostrou que barraria a iniciativa. Considerando que é uma bancada de apenas oito deputados – em 513 – e de três senadores, em 81, é muito peso.