Claudia Leitte é acusada de intolerância religiosa

Denúncia no Ministério Público da Bahia aponta discriminação contra religiões afro-brasileiras.

A cantora Claudia Leitte, 44, se tornou alvo de uma denúncia formal ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que pode dar início a uma investigação por racismo religioso e intolerância. A polêmica gira em torno de uma alteração feita pela artista na letra da música Caranguejo, onde trocou a menção à Orixá Iemanjá por uma referência a Yeshua, nome hebraico para Jesus Cristo.

Em vez de cantar “Saudando a rainha Iemanjá”, Claudia entoou “Eu canto meu Rei Yeshua” durante uma apresentação. A mudança não foi bem recebida por lideranças religiosas afro-brasileiras, que consideraram a atitude “difamatória, degradante e discriminatória”.

A denúncia foi apresentada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro, sacerdotisa do Ilê Axè Abassa de Ogum, junto ao Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (IDAFRO). O advogado Hédio Silva Jr, representante das entidades, afirmou que “não se trata de improvisação artística, mas de uma postura deliberada que desrespeita o sincretismo e as tradições afro”.

A promotora Lívia Sant’Anna Vaz avaliará se a denúncia apresenta elementos suficientes para que o MP-BA oficialize a investigação. Caso isso aconteça, Claudia poderá responder por supostos crimes de intolerância religiosa.

Nas redes sociais, o caso dividiu opiniões. Enquanto alguns apoiam a cantora, alegando liberdade artística, outros questionam o apagamento cultural das religiões de matriz africana.

Procurada pela imprensa, a equipe de Claudia Leitte ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Seguidores aguardam ansiosos pela manifestação da artista, que até o momento se manteve em silêncio.

Será que Claudia Leitte conseguirá explicar essa troca polêmica? Aguardemos os próximos capítulos dessa história que promete abalar o universo da música brasileira!

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