ANP aponta venda de combustíveis adulterados e interdita posto duas vezes em 5 dias em Piracicaba


Operação com Polícia Civil ocorreu em estabelecimento na Avenida São João. Segundo a agência, responsáveis descumpriram a primeira interdição e voltaram a operar. Um posto de combustível foi interditado pela segunda vez em uma semana, na manhã desta segunda-feira (16), por comercializar gasolina e etanol adulterados, em Piracicaba (SP), segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O estabelecimento fica na Avenida São João, no Centro.
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De acordo com a agência, o posto vendia gasolina comum com mais etanol do que o permitido e etanol hidratado com indícios de metanol.
“A gasolina do tipo C comum tem 71% de etanol anidro na mistura, enquanto o estabelecido pela legislação vigente é de 27%. O etanol hidratado comercializado por esse mesmo posto apresenta testes locais com indício de metanol. O teste colorimétrico indicou a presença de metanol. Por isso, o posto está totalmente interditado e assim vai permanecer até deliberação da Agência Nacional do Petróleo”, informa o especialista em regulação da ANP Miguel Camacho.
Bomba de combustível interditada pela ANP em Piracicaba (SP)
Edijan Del Santo/EPTV
Ainda de acordo com Miguel, a fiscalização foi decorrente de denúncia, que coincidiu com o cronograma de inspeções já programado em Piracicaba.
Responsáveis não respeitaram interdição, diz ANP
A ANP já tinha autuado o posto de combustíveis na última quarta-feira (11), mas afirmou que os responsáveis não respeitaram a interdição, tiraram os lacres das bombas e voltaram com o funcionamento.
“É um produto fora das especificações e com um preço muito baixo. O pessoal tem que desconfiar de valores mais baixos”, afirma Miguel.
Posto de combustível interditado pela ANP em Piracicaba (SP)
Edijan Del Santo/EPTV
Na manhã desta segunda, a operação da ANP com a Polícia Civil voltou a interditar o posto e levou para a delegacia a única pessoa presente no local, uma frentista.
Ela ficará presa temporariamente para prestar depoimento. Ao ser questionada pela produção da EPTV, a funcionária disse não saber quem é o proprietário do estabelecimento. O g1 também não conseguiu localizar o proprietário.
O alto índice de etanol na gasolina pode atacar materiais e alguns veículos podem falhar por não reconhecerem os próprios combustíveis. Já o metanol é altamente tóxico à saúde e é corrosivo para automóveis comuns.
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