Na Coreia do Sul, Assembleia Nacional aprova impeachment do presidente Yoon Suk Yeol

O povo comemorou no melhor estilo sul-coreano. No clima show pop, milhares lotaram as ruas da capital, Seul. Parlamentares votam a favor de impeachment do presidente da Coreia do Sul
Na Coreia do Sul, a Assembleia Nacional aprovou o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. Foi o segundo processo contra ele em dez dias.
O povo comemorou o impeachment no melhor estilo sul-coreano. No clima show pop, milhares lotaram as ruas da capital, Seul. Um morador falou que, quando saiu o resultado da votação no Parlamento, começou a chorar de emoção.
O agora ex-presidente Yoon Suk Yeol chegou ao poder em 2022 com o desafio de reduzir o custo de vida e combater a desigualdade e o desemprego entre os jovens. Não conseguiu e ainda se envolveu em acusações de corrupção.
A popularidade de Yeol despencou de vez dez dias atrás, em uma manobra que chamou atenção mundo afora. Ele acionou a Lei Marcial. Foi a pá de cal para um governo que já não vinha agradando. A Lei Marcial, que não era acionada havia 50 anos, substitui a legislação normal por leis militares, fechando a Assembleia Nacional e colocando setores como a imprensa sob controle do governo.
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Jornal Nacional/ Reprodução
O então presidente argumentou que era uma forma de proteger a nação de aliados da Coreia do Norte que estariam infiltrados no país. Sob pressão, ele acabou suspendendo o decreto horas depois. Os protestos ganharam muita força.
Uma primeira votação de impeachment, no fim de semana passado, não derrubou o presidente. A deste sábado (13), sim. Eram necessários 200 votos. Neste sábado, 204 dos 300 deputados foram a favor do impeachment.
Yoon Suk Yeol disse que vai continuar lutando e que “nunca desistirá”. Descreveu a votação como uma pausa temporária na presidência. Ele deixa o posto imediatamente, e o primeiro-ministro Han Duck Soo assume de forma interina.
Nos próximos seis meses, o Tribunal Constitucional do país vai julgar Yoon Suk Yeol. E, se a Justiça confirmar o impeachment, uma nova eleição deverá ser convocada em até 60 dias.
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