Médicos dizem que Lula está ‘superestável’ após procedimento na cabeça, e a alta está mantida para semana que vem


Petista fez uma cirurgia de emergência na terça para drenar hematoma na cabeça e, agora, passou por uma embolização. Segundo os médicos, ele não ficará com nenhuma sequela. Imagem mostra lesão na cabeça de Lula durante evento no Palácio do Planalto em 25 de outubro de 2024
Reuters/Adriano Machado/Foto de Arquivo
A equipe médica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede uma entrevista na manhã desta quinta-feira (12) sobre o estado de saúde do presidente após a realização de procedimento para evitar um novo sangramento na cabeça.
A técnica não é considerada uma cirurgia, mas um “procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média)”. A intervenção faz parte do protocolo pós-cirúrgico.
O petista, que tem 79 anos, fez uma cirurgia de emergência na madrugada de terça-feira (10) para drenar um hematoma na cabeça – ainda em decorrência da queda que sofreu no banheiro de casa em outubro.
“O procedimento foi feito com sucesso e o presidente está acordado na UTI, comendo, está super estável. Não atrasou a programação dos próximos dias. Ele deverá ter alta no começo da semana”, afirmou o médico Roberto Kalil.
O procedimento teve início por volta das 7h10 e durou menos de uma hora. Logo após o procedimento, Kalil já tinha dito que tinha sido realizado com “sucesso”. (Veja no vídeo abaixo.)
Médido de Lula diz que procedimento na cabeça é concluído com sucesso
✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp
Roberto Kalil tinha explicado na quarta que o novo procedimento vinha sendo discutido pela equipe. Trata-se de uma intervenção considerada de baixo risco, relativamente simples, afirmou Kalil.
Esse tipo de embolização é um tipo de cateterismo. Ele vai embolizar a artéria meníngea porque, quando você drena o hematoma, existe uma pequena possibilidade de, no futuro, as pequenas artérias da meninge ainda causarem um pequeno sangramento.
Embolização de artéria meníngea média
Arte/g1
Queda no banheiro
Após a cirurgia realizada na terça, os médicos disseram que Lula não ficará com nenhuma sequela e que as funções neurológicas dele estão preservadas.
A previsão é a de que o presidente retorne a Brasília no começo da próxima semana. Por ordem médica, Lula está proibido de receber visitas de trabalho no hospital até ficar completamente recuperado.
No vídeo abaixo, veja a entrevista dos médicos concedida na terça, após a cirurgia:
Lula não teve sequela alguma, afirma equipe médica
O presidente foi internado às pressas no fim da noite de segunda-feira (9) no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo após passar o dia com dor de cabeça. Ele achava, na verdade, que estivesse ficando com gripe.
Ainda em Brasília, ele havia passado por um exame de imagem, que mostrou uma nova hemorragia intracraniana, de cerca de três centímetros. Lula foi, então, transferido para São Paulo.
Foto de outubro mostra cicatriz na cabeça de Lula após sofrer um acidente doméstico
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Embora, na queda, Lula tivesse batido a região da nuca, o hematoma estava na região do lobo frontal e do lobo parietal. O lobo frontal está localizado diretamente atrás da testa, e o parietal, atrás do frontal.
Isso acontece, segundo os médicos, porque o sangramento é causado pelo “chacoalhão” do cérebro na batida e não é no local da batida.
O lobo frontal é considerado o centro de controle por ser responsável pelos movimentos voluntários do corpo, pela linguagem e pelo gerenciamento das habilidades cognitivas. Já o lobo parietal faz a integração das informações sensoriais, como toque, temperatura e dor.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.