O papel dos programas extracurriculares no desenvolvimento estudantil

Como as atividades além da sala de aula podem transformar o aprendizado e preparar jovens para os desafios do futuro – Foto: Divulgação

Se você tem filhos em idade escolar, certamente ouviu falar em programas extracurriculares. Esses programas representam uma oportunidade de levar conceitos teóricos para a prática.

De fato, cada vez mais escolas estão diversificando sua oferta de programas extracurriculares. Tanto colégios públicos quanto privados (em maior ou menor grau), procuram trazer para os alunos uma vivência que vá além da sala de aula.

Em alguns casos essa experiência é tão positiva, que são compartilhados com o mercado de trabalho, como na inclusão das atividades complementares no currículo, por exemplo.

Mas será que os programas extracurriculares são mesmo relevantes para o desenvolvimento dos alunos?

O que são os programas extracurriculares?

Primeiramente, é importante estabelecermos o que é um programa extracurricular.

De forma resumida, são atividades que os alunos podem realizar fora da sala de aula e que, nem sempre, têm conexão com as matérias tradicionais.

O objetivo dessas atividades é desenvolver habilidades por meio de experiências práticas. Nesse sentido, podem contribuir para a formação do estudante – seja no âmbito pessoal ou profissional.

Um bom exemplo aconteceu recentemente na cidade de Blumenau, onde alunos e familiares tiveram a oportunidade de participar de um programa focado em ensinar empreendedorismo.

Nesse caso, embora o empreendedorismo envolva conceitos de matemática, lógica, comunicação (que fazem parte de uma grade tradicional de ensino), há muita atividade prática que nem sempre é discutida em sala de aula.

Conhecimentos variados

O grande diferencial dos programas extracurriculares é a possibilidade de apresentar para os alunos assuntos que nem sempre “cabem” em um ensino tradicional.

Os conhecimentos que fazem parte desses programas são variados. Existem atividades relacionadas ao teatro, esportes, iniciação científica, liderança, informática, robótica, entre outros temas.

De fato, essas áreas de estudos nem sempre são exploradas em sala de aula – até por uma limitação do que a teoria é capaz de compartilhar.

Usando a robótica como exemplo, por mais que um aluno possa aprender as bases sobre o assunto lendo conteúdos ou ouvindo explicações, a melhor imersão acontece ao “colocar a mão na massa”.

Além disso, na maioria dos casos, os programas extracurriculares entram como um “plus” na vida dos alunos. São projetos que acontecem no contraturno, não impactando nas horas de estudo tradicional que uma criança ou adolescente normalmente têm.

Impactos positivos para a mente

Mais do que uma maneira prática de aprender assuntos variados, os programas extracurriculares também provocam efeitos positivos para a mente.

A começar pelo aumento da autoestima. Isso porque, quando um estudante se envolve em uma atividade que consegue se destacar, consegue perceber seu progresso, impactando diretamente em sua confiança.

É também uma ótima oportunidade para o desenvolvimento de habilidades sociais, como comunicação, trabalho em equipe e resolução de conflitos.

Participar desses programas pode impactar diretamente na criatividade, funcionando como um estímulo para a busca de soluções de problemas. Por consequência, muitas vezes, o desempenho do aluno como um todo é impulsionado por ter mais disciplina, foco e motivação.

Por fim, os programas extracurriculares são uma ótima forma de manter a mente ativa e engajada, prevenindo sintomas de depressão e ansiedade. Isso porque, muitas atividades liberam endorfina, hormônio ligado à sensação de bem-estar.

Um ponto de atenção nos programas extracurriculares

De fato, os programas extracurriculares possuem um papel essencial para o desenvolvimento estudantil.

Afinal, por meio dessas atividades, é comum que o estudante encontre uma área em que se destaca, algo que vê como um potencial do que gostaria de fazer no futuro.

Mas é preciso que os pais estejam atentos: cada vez mais crianças e adolescentes são sobrecarregados com uma rotina de estudos extenuante!

Por mais que os programas extracurriculares sejam interessantes, vale sempre verificar como está o dia a dia do seu filho.

Uma criança precisa ter tempo para brincar. Um adolescente precisa ter tempo para lidar com as próprias emoções.

Ainda que essas atividades sejam ótimas para desenvolvimento mental e até impactam no futuro profissional, é preciso cuidar com o “peso” delas na saúde dos estudantes.

Da escola para a vida

O interessante dos programas extracurriculares é que seu papel vai além do desenvolvimento estudantil.

É claro que a possibilidade de aprender com a prática, de testar outras habilidades, de melhorar o convívio social e de desenvolver a autoconfiança são pontos muito positivos.

Mas, além disso, os programas extracurriculares são vistos de forma positiva pelos recrutadores. É um diferencial competitivo para as primeiras oportunidades de trabalho que, por vezes, são difíceis de conquistar.

Inclusive, uma dica para quem está entrando no mercado de trabalho e participou desses programas é apresentá-los no seu currículo. Isso mostra aos recrutadores que o jovem potencialmente conta com uma série de softskills úteis para o mundo corporativo.

Dependendo da área de estudo do programa extracurricular e da profissão que um jovem pretende trilhar, ter uma base de conhecimento prática faz diferença para sua entrada em uma empresa.

Assim, com equilíbrio e atenção, um programa extracurricular pode criar uma cadeia positiva, que vai desde a escola até uma carreira de sucesso.

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