PSD pensa em candidatura própria

Quando dois brigam, ganha um terceiro. Foi aproveitando esse mote que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab anunciou, durante confraternização do partido no hotel Brasília Palace. Kassab disse que o PSD quer lançar um candidato a presidente e arriscou até o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior.

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Ratinho Junior. Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Ficou claro também que o PSD terá um candidato preferencial em Brasília, provavelmente a deputado federal: André Kubitschek, filho do dono da casa, o ex-governador Paulo Octávio, e bisneto do criador de Brasília, o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

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André Kubitschek e Paulo Octávio. Foto: Reprodução/Instagram

Na avaliação do presidente nacional do PSD, que é secretário de Relações Institucionais do governo paulista, as perspectivas para 2026 se tornaram mais favoráveis para candidatos que superarem a polarização acontecida nas sucessões anteriores.

O exemplo pode ser dado pelo próprio PSD, partido que mais fez prefeituras. 887, à frente do segundo colocado, o MDB, e muito adiante de PT e PL, os partidos que comandam a polarização.

O que o governo esqueceu

Também em Brasília, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo preferiu ridicularizar o governo petista, enumerando tudo o que ele esqueceu, em vez de cortar o fundo constitucional.

Marconi Perillo. Foto: Agência Brasil

A lista é longa: – Gastos supérfluos da Presidência; – Subsídios fiscais, que consomem mais de R$ 300 bilhões todos os anos; – Déficit das estatais, que já acumulam o maior rombo em 15 anos, chegando R$ 3,7 bilhões em 2024 nas contas do próprio governo, ou mais de R$ 7 bilhões nos cálculos do mercado, sem contar a recém-descoberta pedalada fiscal da Telebrás, um crime que ainda haverá de ser apurado com rigor; – A própria existência de tantas estatais. Hoje são mais de cem empresas do governo, tantas que nem mesmo o presidente da República deve saber o que fazer.

Para Perillo, “após um enorme vai-não-vai que se estendeu por mais de mês, o pacote do corte de gastos do governo federal parece que se esqueceu de…cortar gastos. Basta ver como o mercado financeiro recebeu as medidas: dólar batendo recorde, bolsa despencando e credibilidade da equipe econômica à míngua.

Para Perillo, “como de onde nada se espera é daí que não sai nada mesmo, como dizia Barão de Itararé, pseudônimo do jornalista Apparício Torelly, ficaram de fora áreas onde os cortes são necessários, possíveis e desejáveis, mas que, na hora de assumir as responsabilidades, o governo faz de conta que não sabe que existem. O Brasil precisa de um verdadeiro choque fiscal, não de um pacote de faz de conta”.

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