Brasilienses disputam campeonato brasileiro de natação paralímpica em dezembro

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Por Tariq Marie Alves
Agência de Notícias CEUB

Dos dias 5 a 8 de dezembro, cinco atletas da equipe brasiliense Nauru Markswim vão competir no Campeonato Brasileiro de Natação para disputar as provas de nado crawl (nado livre), costas, peito, borboleta e medley (prova com os quatro estilos) e nas distâncias de 50m, 100m, 200m e 400m.

Os atletas são submetidos à classificação esportiva (funcional para atletas com deficiência física, visual e intelectual) para serem enquadrados em classes de disputa, assim, podendo participar das competições.

Os atletas com menor grau de funcionalidade física podem realizar a largada de dentro da água, em vez de saltar do bloco, ou ter auxílio de um staff. Os treinadores apenas auxiliam o atleta na transferência da cadeira para o bloco. É proibido qualquer tipo de impulso.

Largada

Já os nadadores com deficiência visual recebem o auxílio do tapper, por meio de um bastão que sinaliza ao nadador a proximidade das bordas para que ele possa realizar a virada ou a chegada no término da prova. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco.

A competição é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)  que administra a modalidade junto a WPS (World Para Swimming), que é braço do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês).

Na natação podem participar atletas com deficiências física, visual e intelectual. As classes esportivas da natação são organizadas por letra e número, na qual a letra significa o tipo de nado e o número o grau de comprometimento e/ou funcionalidade. As classes sempre começam com a letra S (swimming, natação em inglês) e elas são: 

S junto ao número da classe do atleta (nado livre, costas e borboleta);

SB junto ao número da classe do atleta (nado peito);

SM junto ao número da classe do atleta (nado medley).

Todos os atletas sempre são submetidos à equipe de classificação, que fará análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular, mobilidade articular e testes motores (todos realizados dentro da água).

Vale a regra de que, quanto maior a deficiência, menor o número da classe. Quanto maior o grau de comprometimento, menor o número da classe. As classes são:

Classes de 1 a 10  Atletas com limitações físico-motoras;

Classes de 11 a 13  Atletas com deficiência visual;

Classe 14  Atletas com deficiência intelectual.

O técnico da Nauru, Marcão, diz que o campeonato é fundamental para fortalecer o paradesporto nacional e incentivar o alto rendimento, além de inspirar novos talentos e promover a inclusão.

“As expectativas são melhores possíveis estou treinando todo dia com foco de ficar entre os 3 melhor do país nas minhas principais provas 100m Peito ,100m Borboleta e 200m Medley”, disse Lucas, um dos competidores.

Outro nadador, Fabrício, diz que também praticava canoagem e passou a se dedicar somente à natação. “Mesmo sendo novo no esporte e a minha expectativa é alcançar o pódio, mas pretendo estar brigando pelo primeiro lugar”. 

Já Larissa treinou o ano todo para chegar ao final do ano para “arrasar”. “Eu vou confiante. Qualquer resultado positivo que vier, ficaremos muito felizes tanto eu, quanto o meu técnico e minha equipe técnica.”

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