Criciúma: vereador propõe levantamento sobre saúde mental e afastamentos de servidores

A Câmara de Vereadores de Criciúma será palco de uma discussão relevante sobre a saúde dos profissionais do serviço público, com destaque para as áreas da saúde e da educação. O vereador Manuel Roseng apresentou um requerimento que solicita um amplo levantamento sobre os afastamentos médicos dos servidores municipais entre março de 2021 e novembro de 2024. O foco principal é entender as causas e propor políticas públicas eficazes para melhorar o bem-estar desses trabalhadores.

Segundo o vereador, os afastamentos por questões de saúde mental têm crescido significativamente nos últimos anos, superando até problemas vocais, que historicamente lideraram as causas de licenças médicas entre professores. “Precisamos saber o que está acontecendo. É humanamente impossível um professor lidar com 25 ou 30 crianças pequenas em uma sala sem algum impacto emocional. Esses profissionais estão adoecendo, e quem sofre é a população”, enfatizou Roseng.

O requerimento busca identificar os principais problemas enfrentados pelos servidores, entre eles transtornos mentais, doenças do sistema osteomuscular e vocal, além de situações decorrentes de acidentes de trabalho. Dados como número de afastamentos mensais, duração das licenças, internações e aposentadorias por invalidez estão entre as informações solicitadas.

Além de buscar entender a situação atual, o requisito também questiona o que está sendo feito para prevenir o adoecimento desses trabalhadores. O vereador destacou a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental e física dos servidores. “Se o servidor não estiver bem, o serviço prestado à população também não estará. Precisamos de medidas efetivas que protejam esses profissionais e garantam um atendimento de qualidade ao cidadão”, apontou.

Entre as questões levantadas, Roseng citou a ausência de programas específicos para apoiar a saúde mental dos servidores e a alta taxa de exclusão de pedidos de afastamento relacionados a transtornos psicológicos. “É inaceitável que, mesmo diante de um problema comprovado, muitos pedidos de licença sejam negados. Isso agrava a situação do trabalhador e compromete o atendimento ao público”, ressaltou em entrevista à Rádio Cidade em Dia.

O Executivo Municipal terá 30 dias para responder. As informações levantadas devem embasar futuras discussões sobre políticas de saúde ocupacional e servir como ponto de partida para a próxima gestão municipal.

“A ideia é usar esses dados para construir soluções concretas, que protejam tanto os servidores quanto a população que depende dos serviços públicos”, concluiu Roseng.

 

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