Portonave recebe selo Pró-Clima Ouro pelas práticas sustentáveis

O terminal portuário Portonave, de Navegantes, foi reconhecido pelo compromisso ambiental durante o encontro anual da Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ABDP), realizado no Complexo de Suape, em Pernambuco. A companhia recebeu o selo ouro, destinado aos terminais que divulgam o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) com escopos 1 (emissões diretas), 2 (emissões indiretas causadas pelo uso de energia elétrica) e 3 (demais emissões indiretas), além de um plano de descarbonização com metas definidas para redução de gases poluentes. 

O Programa Pró-Clima cataloga e reconhece os esforços para a descarbonização do setor. Na região Sul, a Portonave foi o único terminal portuário a receber o selo nesta categoria. Para a empresa, é essencial realizar investimentos que colaborem com a descarbonização no segmento portuário, o que também faz parte das diretrizes de sua acionista, a Terminal Investment Limited (TiL). 

O reconhecimento é concedido pela Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ABDP) aos  portos e terminais comprometidos com a redução da emissão de gases poluentes

Em julho, a companhia se tornou membro da ABDP. Para Flávia Crozeta, supervisora de meio ambiente da Portonave, os esforços para a descarbonização do setor contribuem significativamente para evitar o avanço das mudanças climáticas, com impactos já evidenciados no país. “Entendemos que esse reconhecimento não apenas reforça o comprometimento da Portonave com o tema, como também incentiva outros atores do setor a seguirem por este caminho”, complementa Flávia.

De forma constante, a Companhia investe e realiza ações para mitigar os impactos ambientais. Neste ano, em janeiro, iniciou uma obra de adequação em seu cais, um investimento totalmente privado de mais de R$ 1 bilhão para receber navios maiores, de até 400m de comprimento. Vai ainda instalar um sistema capaz de alimentar os navios por meio de energia elétrica. Atualmente, a principal emissão de gases poluentes nos portos provém das embarcações. De acordo com a Organização Marítima Internacional, IMO em inglês, mais de 3% das emissões de dióxido de carbono em todo o mundo são geradas pela indústria naval.

Inventário

Anualmente, a Portonave divulga o inventário de emissões de GEE, com base no Programa GHG Protocol, que auxilia na identificação de pontos críticos em relação às emissões e adoção das medidas estratégicas de redução. A empresa foi pioneira na aquisição do primeiro terminal tractor elétrico no Sul do país e da primeira eco reach stacker da América Latina, com redução de até 40% da emissão de GEE, e possui 18 rubber tyred gantry (RTG) eletrificados. 

Por meio dessas iniciativas, o terminal obteve, de 2016 a 2023, uma redução de cerca de 60% das emissões de GEE para cada TEU (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentado, atingindo, em 2023, o menor índice da série histórica. Durante esse período, a redução das emissões somou quase 50 mil toneladas de carbono equivalente (tCO2e).

A Portonave ainda realizou a compensação de 4.358,53 toneladas de carbono equivalente (tCO2e) no escopo 1, e 2.460,67 tCO2e no escopo 2, referentes ao ano de 2023. Esta é a primeira vez que a empresa neutraliza o escopo 1, por meio da compra de crédito de carbono. Desde 2022, de forma espontânea, o terminal obtém anualmente o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC), o que garante energia limpa para as operações da companhia. Com isso, neutralizou cerca de 5.262,06 tCO2, do escopo 2, durante esse período. 

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