Onde está o dinizismo? O dinizismo morreu?

O mineiro Fernando Diniz atingiu o auge de sua carreira como treinador no segundo semestre de 2023, quando conquistou a Copa Libertadores da América pelo Fluminense, e assumiu interinamente o comando da Seleção. Parecia que o Brasil havia adotado para sempre o ‘dinizismo’, considerado um modelo de futebol moderno e eficaz.

Após a derrota do Fluminense para o Manchester City por 4 x 0, na final do Mundial de Clubes, em dezembro, ele teve uma conversa amistosa com o técnico Pep Guardiola, que depois revelou aos jornalistas o que falou para o brasileiro.

“Perguntei como faz para treinar um time e uma seleção ao mesmo tempo. Não sei se ele tem família ou não, mas não sei como tira tempo. Foi um prazer encontrá-lo”, confidenciou Guardiola.

Coincidência ou não, depois daqueles 4 x 0 do M.City o mundo de Fernando Diniz começou a desabar. No início de 2024 o Fluminense fracassou no Carioca e depois foi parar na zona de rebaixamento do Brasileirão. E, para piorar, a Seleção Brasileira, sob o seu comando, fez a pior campanha da história nas Eliminatórias

Dez meses depois daquela conversa ao pé do ouvido com Pep Guardiola – considerado por muitos o melhor técnico do mundo – Fernando Diniz parece ter atingido o fundo do poço.

No comando do Cruzeiro, até agora não ganhou de ninguém, foram cinco jogos, uma derrota e quatro empates. O último foi contra o Lanús, no Mineirão, no meio desta semana (1 x 1), pela Sul-Americana. E, ao final, a torcida cruzeirense, insatisfeita e impaciente, gritou no Mineirão: “Ah, Diniz, vai chupar caju!”

O curioso é que, nascido em Patos de Minas há 50 anos, o Cruzeiro é o primeiro time mineiro a ser dirigido por Diniz. Começou a carreira em 2010 no Paulista de Jundiaí, rodou por esse brasilzão afora, e foi justamente em Minas Gerais que a torcida, de saco cheio desse tal ‘dinizismo’, o mandou “chupar caju”.

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