O Seminário Questões e Perspectivas na Revitalização das Línguas Ciganas em Pernambuco.

Na sexta-feira (22/11) aconteceu uma reunião com especialistas, professores e alunos. Esta ação foi promovida e realizada por dois grupos de pesquisas vinculados ao CNPq da Universidade Federal de Pernambuco, o NEPE e o NEI, que juntos introduziram pela primeira vez dentro da UFPE um debate extremamente importante.

O seminário partiu da análise da presença dos Povos Ciganos (calon, Sinti e Rom), em Pernambuco apontado por Enildo Calon. Em seguida, o prof. Renato Athias apresentou, a partir das investigações realizadas por pesquisadores do NEPE, as realidades e os cenários atuais de territorialização e mobilidade entre os ciganos em Pernambuco. Por fim, a profa. Maria Luísa Freitas abordou, a partir das experiências de revitalização linguísticas que o NEI está acompanhando, os desafios e as complexidades de implementação de projetos de revitalização linguísticas.

Um debate cujos temas são cruciais, relacionados à educação para os ciganos, destacando a necessidade de incluir a história e a cultura cigana nas escolas, garantindo que as novas gerações possam ter orgulho de sua identidade.

Após as apresentações aconteceu um debate entre os presentes onde foram lembradas as diversas experiências em andamento em países europeus e na América do Sul. Sabe-se que preservação da cultura cigana e de suas línguas é uma questão urgente e fundamental para a valorização das tradições de um povo que possui uma vasta e diversificada presença no Brasil.

O debate também contou com a presença do Padre Roberto, representante da Igreja Ortodoxa da Grécia de Santa Sara Kali, cuja participação trouxe um olhar espiritual sobre a conexão entre a fé, a tradição e a educação. Ele destacou como a preservação do dialeto e das tradições ciganas fortalece a identidade cultural, permitindo que o povo cigano mantenha suas raízes enquanto dialoga com o mundo contemporâneo.

Essas iniciativas reforçam a importância de criar espaços de diálogo, pesquisa e ação para assegurar que a cultura cigana permaneça viva, sendo transmitida de geração em geração como um legado único e precioso.

Contou também com a calin Rhanya na oportunidade fez uma apresentação da dança cigana e Herberton Severo.

Autor/Fotos: Ascom RBPC

 

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