Maiara Marinho
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Com o objetivo de promover o conhecimento científico sobre o câncer e os grandes avanços tanto na esfera diagnóstica, quanto terapêutica e no campo dos cuidados, nesta quinta-feira (21), às 19h30, foi realizado o Jantar Técnico-Científico, promovido pelo Hospital Placi, no Restaurante Santé, no Lago Sul.
Além das palestras, ministradas pelos médicos oncologistas Marco Murilo Buso e Carlos Alberto Chiesa, foi oferecido um jantar para o público presente, composto por médicos, clínicos e gestores de operadoras de saúde.
O tema central do jantar técnico-científico foi o ‘valor em oncologia’. “Esse termo ‘valor em oncologia’, surge em função desse momento do sistema de saúde de fluxo de capitais e de remuneração, ou seja, você remunera o sistema, sejam os prestadores, sejam os médicos, baseado no serviço que ele faz”, explicou o oncologista clínico, Dr. Marco Murilo Buso, de 56 anos.
Nesse sentido, a palestra ‘O que é um valor em Oncologia?’, do Dr. Murilo Buso, buscou trazer um pouco mais de humanidade para o assunto, ao apontar a ética e a moral como elementos fundamentais para esse contexto.
Para ele, esse sistema de valor em oncologia “é meio contra a lógica do que de fato interessa para o sistema de saúde, né? Assim, o que você quer? Você quer operar e complicar? Ou você quer operar e ter o mínimo de complicação?”. Isso porque, de acordo com o médico, qualquer procedimento adicional no tratamento é acrescentado, também, um determinado valor em dinheiro. Convidado para palestrar no evento, Buso é Diretor Geral do Grupo Oncoclínicas e Superintendente do Centro de Câncer de Brasília, e, na ocasião, adentrou no tema a partir da perspectiva dos valores institucionais, no sentido filosófico.
Promovido pelo Hospital Placi – Cuidados Extensivos, o evento contou com a presença do Diretor-Presidente da instituição, Carlos Alberto Chiesa, de 61 anos, médico clínico e gestor hospitalar. Em sua fala, ele apresentou o trabalho feito pelo Hospital “como uma alternativa de atendimento diferenciada em linha com as diretrizes internacionais de Cuidado Total em Câncer, oferecendo assistência multidisciplinar integrada em ambientes que permitem reabilitação paliativa ou cuidados paliativos”, disse.

Desde a inauguração do Placi, em Brasília, em março deste ano, foram realizados outros dois jantares, um para a inauguração e outro para o lançamento de um programa de Cuidado Paliativo Integrado, em conjunto com o Grupo HCare. “Além disso, promovemos sessões clínicas para o corpo médico de alguns hospitais e para grupos de auditores médicos”, contou o Dr. Carlos.
A realização do evento foi motivada pela importância de promover o conhecimento científico sobre o câncer, pois, segundo o presidente do Placi, “o conhecimento científico sobre essa doença também vem promovendo grandes avanços tanto na esfera diagnóstica, quanto terapêutica e no campo dos cuidados.
Por isso, fala-se atualmente em Cuidado Total, que significa tratar não só a doença, mas o indivíduo e seu entorno, com o foco máximo em qualidade de vida”. Nesse sentido, o tema ‘valor em oncologia’ foi o tema central das palestras, para propor uma reflexão sobre o conceito de valor e qualidade em Oncologia, alinhado com a proposta das missões e valores institucionais do Placi. “Trazemos uma experiência de atuação de mais de 10 anos no Rio de Janeiro, tendo atendido neste período cerca de 500 pacientes oncológicos com doença avançada, oferecendo conforto, qualidade de vida e um grau de satisfação elevadíssimo pelos familiares”, relatou o Dr. Chiesa.
Profissionais da área da saúde prestigiaram o evento
Jacqueline Neri, 30 anos, é enfermeira desde os 22 e trabalha há 6 anos com gestão hospitalar. Convidada para o evento, ela considera o ambiente importante para estabelecer parcerias e adquirir conhecimento. “É importante também para que a gente consiga agregar valor para nossa equipe por profissionais qualificados, que têm feito a diferença pela saúde do Distrito Federal”, pontuou. Além disso, Jacqueline menciona a mudança de percepção na sociedade a respeito de cuidado paliativo. “Antes a família entendia que cuidados paliativos é parar de fazer tudo com o paciente e deixar ele morrer. Hoje é um tema mais aberto porque há um envolvimento familiar no processo de terminalidade, com foco na qualidade de vida do paciente”, explicou.
Rafaela Coutinho, 32 anos, é enfermeira do Hospital Placi, do Núcleo de Avaliação. Para ela, “o hospital de transição é um assunto novo no mercado de Brasília e a troca de experiências entre pessoas que atuam nessa área permite que os profissionais tenham esse conhecimento e essa opção para o paciente, para dar segurança a pessoas em situação de doença terminal”, disse.
Servidora pública do Tribunal Regional Federal da 1a Região, Ionice de Paula Ribeiro, de 68 anos, é gestora do programa de saúde de autogestão do TRT, o Pró-Social, que atende, em 13 estados da federação e o Distrito Federal, mais de 20 mil vidas assistidas. O Hospital Placi é um dos credenciados no programa. “Esse modelo de assistência oferecido pelo Placi é novo no Brasil, principalmente, ele traz para a gente uma outra opção, com um custo menor do que manter o paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, relatou Ionice. “Então a gente consegue tirar um paciente da UTI para levar para esse modelo de hospital de transição, sem perder a qualidade do cuidado”, finalizou.
Saiba mais
Inaugurado em 2024, em Brasília, o Hospital Placi tem unidades nas cidades do Rio de Janeiro e em Niterói, desde 2013. Como parte do conceito de um hospital de transição, os cuidados oferecidos são adequados às necessidades clínicas e funcionais dos pacientes por uma equipe interdisciplinar, com o objetivo de contribuir com a recuperação, o aumento da qualidade de vida, a minimização da dor e a reabilitação funcional.
Pioneiro, no Brasil, na implantação do conceito de cuidados extensivos, o Placi atende pacientes pós-acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico, pós-operatório com necessidade de reabilitação ou readequação de cuidados, pós-internação prolongada com perdas funcionais, lesões medulares e outros.

Em Brasília, ele está localizado na Quadra SHIS QI 15, Lote F, no Lago Sul e mais informações podem ser consultadas no site, ou pelo telefone (61) 3995 – 0390.