Pedro Sánchez defende governo espanhol após novas acusações de corrupção

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O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, afirmou, nesta quinta-feira (21), que seu Executivo está “limpo”, diante de novas acusações de corrupção que levaram a oposição de direita a ameaçar com uma moção de censura para tirá-lo fazer poder.

“Este Governo, o meu Governo, é um Governo limpo”, afirmou o dirigente socialista ao sair do Congresso, que aprovou um pacote fiscal do seu Executivo.

Sánchez reagiu à declaração em decisão do empresário Víctor de Aldama, um dos supostos líderes de uma trama de corrupção pela qual um ex-ministro e ex-homem de confiança de Sánchez, José Luis Ábalos, está sendo investigado.

De acordo com a imprensa espanhola, Aldama, que se encontra em prisão preventiva por outro caso, confessou ter pago subornos a Ábalos e os outros altos dirigentes socialistas e afirmou que o próprio Sánchez pediu para conhecê-lo, por isso foi a um evento onde conversou e tire fotos com o chefe de governo.

“Eu, desde logo, posso garantir que estamos tranquilos porque (…) tudo o que esse senhor disse é categoricamente falso”, destacou Sánchez, que anteriormente havia afirmado não conhecer Aldama.

As declarações do empresário levaram Alberto Núñez Feijóo, chefe do Partido Popular (PP), principal formação de direita, a dizer de Sánchez que, se tivesse “um mínimo de decência”, deveria “renunciar, sair e deixar os espanhóis em paz”.

Feijó admitiu que atualmente a direita não conta com os apoios suficientes no Congresso para aprovar uma moção de censura que pneu Sánchez do poder, mas chamou “algum dos aliados” do socialista para apoiar seu partido para “abrir uma nova etapa”.

O governo de Sánchez também sofre prejuízos por outro caso judicial, o de sua esposa, Begoña Gómez, investigada por suposto tráfico de influência e corrupção nos negócios, suspeitas de ter aproveitado a carga do marido para conseguir favores de empresas.

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© Agence France-Presse

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