PGR pediu prisão de Cid após viagem de familiares do militar aos EUA

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JOSÉ MATHEUS SANTOS E CÉZAR FEITOZA
RECIFE, PE, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a prisão do tenente-coronel Mauro Cid na quinta-feira (12) após a Polícia Federal identificar que os pais, esposa e filha do militar viajaram no fim de maio para os Estados Unidos.

Em petição enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral Paulo Gonet afirma que a viagens dos familiares de Cid associada às suspeitas de que o ex-ministro Gilson Machado tentava conseguir um passaporte português para o militar indicaram possibilidade de o réu pela trama golpista tentar fugir do país.

“A informação reforça a hipótese criminal já delineada pela Procuradoria-Geral da República e evidencia a forte possibilidade de que Gilson Machado Guimarães Neto e Mauro César Barbosa Cid estejam buscando alternativas para viabilizar a saída de Mauro Cid do país, furtando-se à aplicação da lei penal”, diz Gonet.

A família de Cid chegou a Los Angeles, nos Estados Unidos, em 30 de maio. O voo teve escala na Cidade do Panamá, e todos realizaram o procedimento migratório de saída na mesma data.

A Polícia Federal encontrou dois localizadores vinculados aos passageiros. Um estava nos nomes de Agnes Cid e Mauro Lourena Cid, pais do tenente-coronel. O segundo continha os nomes de Gabriela Cid (esposa) e de duas filhas do casal.

Segundo a PGR, não há registros de procedimento migratório de saída do país de uma das filhas de Cid.

Gonet apresentou as informações ao Supremo e pediu a prisão preventiva de Gilson e Cid, a busca e apreensão dos dois, a autorização para acessar equipamentos e dispositivos eletrônicos dos alvos e o envio de relatório do monitoramento da tornozeleira eletrônica do militar.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou a operação ainda na quinta. Segundo a defesa de Cid, os policiais chegaram à casa do militar munidos de um mandado de prisão, mas foram informados já na residência do oficial que a detenção havia sido revogada por Moraes.

A assessoria do STF também confirmou que o militar não foi preso, sem dar detalhes. Cid chegou à sede da PF em Brasília por volta das 11h para prestar depoimento. Gilson Machado foi preso em sua casa em Recife (PE).

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