Na tarde desta quinta-feira (12), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) promoveu a solenidade de passagem de comando do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A cerimônia marcou a despedida do tenente-coronel Katsuhiti Ricardo Gadelha Kotama, que foi transferido para a reserva remunerada, e a assunção do novo comandante, tenente-coronel QOPM Zairo Junio Guimarães de Souza e Silva.
“Ao tenente-coronel Kotama, toda a gratidão da corporação – e falo em nome da sua tropa também, por toda a sua liderança”, declarou a coronel Ana Paula Habka, comandante-geral da PMDF. “Você sempre se preparou para tudo o que fez. Onde o Kotama esteve, ele deixou história, deixou sua marca, e é isso que espero que continue levando na sua vida.”
Ao final da cerimônia, a tropa formou um corredor de honra por onde o tenente-coronel Zairo conduziu o tenente-coronel Kotama até seus familiares, simbolizando a transição para a reserva e o retorno do guerreiro ao seio da família, um gesto de respeito e reconhecimento ao oficial que dedicou sua vida à segurança pública.
Histórico
Em 10 de março de 1971, o então governador do Distrito Federal, Hélio Prates da Silveira, criou, por meio do decreto nº 1.636, a Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar, dando início às atividades de operações especiais na PMDF. A corporação era responsável por ações com cães, policiamento de choque, patrulhamento com motocicletas e missões especiais fora do DF.
Em 11 de agosto de 1981, a unidade passou a ser chamada de Companhia de Polícia de Choque. Posteriormente, pelo decreto nº 20.329, de 22 de junho de 1999, foi transformada em Batalhão de Operações Especiais, subordinado diretamente ao Comando-Geral da Corporação.
Com a organização básica da PMDF definida pelo decreto nº 31.793, de 11 de junho de 2010, a Companhia de Operações foi elevada definitivamente à categoria de batalhão, sendo responsável pela execução de ações policiais e de segurança pública de alta complexidade. Entre suas atribuições destacam-se o resgate tático de reféns e as operações de detecção, isolamento e desativação de artefatos explosivos.
Formação do Bope
Fazem parte do efetivo do Bope policiais altamente qualificados, com formação nacional e internacional, incluindo intercâmbios com unidades de elite da América do Sul, dos Estados Unidos e de países da Europa. Até o momento, a unidade já formou 253 operadores especiais, 106 técnicos explosivistas e 160 negociadores.
Atualmente, o Bope é composto por três companhias especializadas:
• 1ª Companhia – Grupo de Intervenção 13 de Maio: responsável por ações táticas de intervenção, combate a quadrilhas de roubo a bancos, tiro de precisão e demais operações especiais;
• 2ª Companhia – Esquadrão de Bombas: especializada em desativação de explosivos, apoio a operações do Ibama e da Polícia Federal, e instruções táticas a outras unidades;
• 3ª Companhia – Negociadores: atua na mediação de crises envolvendo reféns ou pessoas armadas em situação de risco, como tentativas de suicídio.
*Com informações da Polícia Militar do DF