A asa que virou piada e o estreante que não decolou

Foto: F1

Quando a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) estabeleceu as regras sobre a flexibilidade das asas dianteiras no GP da Espanha, esperava-se um equilíbrio maior entre as equipes e que, consequentemente, o desempenho da McLaren seria reduzido.

Mas não foi o que aconteceu, e a equipe de Woking passou o rodo: dominou todos os treinos livres, levou a classificatória e dominou a  corrida, com direito à dobradinha comandada pelo pole position Oscar Piastri.

Fred Vasseur, chefe da Ferrari , também acreditava que as novas regras poderiam mudar alguma coisa, mas depois da corrida o que mudou foi a sua ideia. “Mesmo que você mude o desempenho em apenas um décimo, isso pode fazer uma enorme diferença na posição no grid — mas não em relação à McLaren, porque eles ainda estão dois ou três décimos à frente”, destacou.

A nova regra não só não funcionou, como gerou críticas e piada por parte de pilotos e equipes.

“Não melhorou nada.Que desperdício de dinheiro”, proclamou Hamilton. “Todos tiveram que fazer novas asas e gastar mais para produzi-las. Isso não faz sentido”, analisou.

James Allison, diretor técnico da Mercedes, endossou as críticas.

Segundo ele, os efeitos foram pequenos individualmente. Como todas as equipes foram afetadas, a ordem de desempenho relativa no grid praticamente não se alterou.

“Acho que se alienígenas estivessem assistindo de longe, provavelmente nem notariam que uma diretiva técnica foi aplicada na Espanha”, zombou o engenheiro e projetista.

Estreante não decolou

Tão frustrante quanto as novas regras das asas dianteiras foi a escalação de Franco Colapinto pela Alpine, em substituição ao massacrado Jack Doohan.

O australiano já havia começado a temporada com a corda no pescoço e correu apenas seis etapas antes de ser trocado pelo argentino. Flávio Briatore, o principal arquiteto da substituição, disse que Colapinto precisava “pontuar, ser rápido e não bater”. Com o fracasso em todos os requisitos, o consultor-executivo e chefe interino da equipe francesa admitiu que está decepcionado.

“Se eu dissesse agora que estou feliz, seria mentira. Não sei neste momento se o Franco vai ficar ou não para a temporada, mas vamos ver. Depende do desempenho”, finalizou Briatore , negando que deu um prazo de cinco corridas para definir se ele continua ou não como titular ao lado de Pierre Gasly.

Após três etapas, contudo, o piloto está sem pontuar: foi 16º na Emilia-Romagna, 13º em Mônaco e 15º na Espanha. Assim, é o 21º colocado do Mundial de pilotos, uma posição atrás do antigo titular. Um ponto para Doohan!

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