Essequibo: Guiana pede proteção da China contra ameaças da Venezuela

O presidente Irfaan Ali e o embaixador chinês Yang Yang durante celebração do 53º aniversário das relações diplomáticas entre Guiana e China (Foto: Divulgação)

Após receber apoio dos Estados Unidos, a Guiana cobrou que a China assuma um papel na proteção contra as ameaças da Venezuela em anexar o território guianense de Essequibo. A área, alvo de um litígio centenário, é rica em produção de petróleo.

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O presidente Irfaan Ali fez esse apelo na capital guianense Georgetown, durante a recepção da embaixada chinesa que marcou o 53º aniversário das relações entre os países sul-americano e asiático.

A China tem alianças com os dois países e, portanto, adota um tom neutro na discussão. O País já disse que Guiana e Venezuela são “bons amigos” de Pequim.

Assim, a nação chinesa já defendeu uma solução pacífica via “consulta amigável” e, que o respeito à soberania e integridade territorial é o caminho ideal para isso.

“Esperamos que nossos vizinhos, de forma justa, sigam aquilo em que todos acreditamos — isto é, a ordem internacional e o Estado de direito – e respeitem nossa soberania e integridade territorial”, declarou Irfaan Ali em pedido de apoio aos diplomatas chineses.

Ali também reiterou o compromisso de aprofundar a cooperação com Pequim na busca do desenvolvimento nacional.

“Estamos confiantes de que, à medida que a Guiana alcança novos patamares, a China estará lá, oferecendo amizade, parceria e apoio para promover benefícios mútuos e desenvolvimento”, disse ele.

Tensão entre Venezuela e Guiana

As declarações do presidente guianense ocorrem em meio à escalada de tensão por parte da Venezuela.

Neste mês, o País do ditador Nicolás Maduro descumpriu a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), da Organização das Nações Unidas (ONU), que proibiu a eleição para o governo de Essequibo.

A Venezuela não reconhece a jurisdição do tribunal sobre o assunto, enquanto a Guiana defende a solução para a controvérsia nessa Corte.

Historicamente, a Venezuela defende a solução no âmbito do Acordo de Genebra de 1966. Esse termo, então, reconhece a existência do litígio entre os países, o que implica na busca por solução pacífica e satisfatória para os dois lados.

Para a Venezuela, o acordo foi uma vitória parcial sobre o laudo arbitral internacional que, em 1899, decidiu que o território pertencia à então Guiana Britânica.

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