Indenização da Dilma: entenda tudinho sobre esse babado histórico!

Anistia, tortura e um pedido oficial de desculpas: o reconhecimento que Dilma esperou por mais de 20 anos!

Amores,isso todo mundo já sabe: Dilma Rousseff vai receber uma indenização de R$ 100 mil, mas o que muita gente ainda não entendeu é o que está por trás desse babado tod0o. A história é longa, cheia de reviravoltas, e, claro, com aquele climão de novela que só a política brasileira consegue proporcionar.

Pra começo de conversa, esse valor não é um “prêmio”, nem uma “aposentadoria”, como alguns andam falando por aí — é o resultado de um processo de anistia política, que serve para reconhecer oficialmente que o Estado perseguiu pessoas por motivos puramente políticos durante a ditadura militar (1964–1985). E, olha, no caso de Dilma, a lista de perseguições é extensa: prisão, tortura, monitoramento durante 20 anos, expulsão da faculdade e demissão de emprego público. Um combo pesadíssimo que só agora está sendo oficialmente reconhecido.

O pedido de anistia foi feito por Dilma lá atrás, em 2002, muito antes dela virar ministra, presidente e até mesmo presidente do banco do BRICS. Só que, como nossa ex-presidenta estava ocupadíssima nos últimos anos, preferiu suspender o processo para evitar misturar assuntos pessoais com suas funções públicas. Depois que deixou os cargos, resolveu retomar o pedido, que ficou parado, esbarrou em indeferimentos durante o governo Bolsonaro e só agora, finalmente, foi acolhido.

Sobre o valor da indenização, muita gente ficou chocada: “Ué, só R$ 100 mil?”. A explicação é simples: embora Dilma tenha demonstrado que, só de salários não recebidos após sua demissão, perdeu mais de R$ 2,7 milhões, a legislação brasileira estabelece um teto de R$ 100 mil para reparações pagas em parcela única. Ou seja, mais simbólico do que financeiro.

dilma tribunalmilitar

Mas o momento mais marcante dessa história toda nem foi o cheque, e sim o pedido formal de desculpas. A presidente da Comissão de Anistia, Ana Maria Lima, fez questão de reconhecer publicamente que o Estado errou — e errou feio — com Dilma, que, ainda muito jovem, sofreu uma série de violências apenas por lutar contra o regime. O conselheiro Rodrigo Lentz fez um relato emocionado, narrando as provas do processo: “As provas reunidas ao longo do processo demonstram que ela foi presa e torturada ainda muito jovem, teve os estudos interrompidos e foi demitida da Fundação de Economia e Estatística, em razão de perseguição política.”

O advogado Breno Cavalcante, que acompanhou todo esse longo caminho, também destacou o caráter simbólico da decisão: “A decisão reconhece não apenas as violações, mas o direito à reparação integral, sem conflito com anistias concedidas por estados.”

Ele ainda explicou o caos que foi esse processo: trocas de relatoria, adiamentos e uma série de entraves que fizeram com que a decisão demorasse mais de duas décadas para sair. Só agora, com uma nova composição da Comissão, Dilma conseguiu, enfim, fechar esse capítulo.

E, para quem acha que o pedido de desculpas foi só protocolar, vale dizer: ele foi feito de forma oficial, em nome do Estado brasileiro, para reconhecer a injustiça cometida. Dilma, que já foi chamada de tudo nesta vida — de guerrilheira a presidenta —, agora carrega também o título de anistiada política, com um pedido de perdão e reparação na conta.

E fica a lição: pode até demorar, mas, às vezes, o reconhecimento chega. Até porque, né? Não é todo dia que se vê uma ex-presidenta recebendo R$ 100 mil de indenização por ter sido vítima do próprio Estado que depois ela viria a liderar. Só no Brasil mesmo!

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