Fórum Internacional de Transportes tem início na Alemanha com presença de representantes de 69 países

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Por Afonso Ventania
Bikerreporter (Enviado Especial)

Leipzig (Alemanha) – Teve início nesta quarta-feira (21), em Leipzig, na Alemanha, o Fórum Internacional de Transportes (ITF, na sigla em inglês), um dos mais importantes encontros globais voltados ao debate sobre mobilidade sustentável, infraestrutura e inovação no setor de transportes. O evento, que reúne ministros, gestores públicos e especialistas de 69 países, conta com 1253 participantes e seguirá até sexta-feira (23), com uma programação de 35 painéis, reuniões bilaterais e apresentações técnicas.

Na edição deste ano, o fórum tem como tema central “Resiliência dos Meios de Transporte a Choques Globais”, tais como pandemias, desastres ambientais, guerras e busca promover soluções integradas para os principais desafios do setor, como a descarbonização dos modais de transporte, a digitalização dos sistemas de transporte, financiamento de grandes projetos de infraestrutura, segurança viária e outros pontos importantes para garantir o progresso sustentável da mobilidade urbana no planeta.

O presidente da edição de 2025 é o ministro de Transportes e Telecomunicações do Chile, Juan Carlos Munoz. Em entrevista aos jornalistas na abertura do ITF, na manhã desta quarta-feira, o gestor afirmou que “precisamos investir em ciência e ouvir pesquisadores do setor de transportes para prevenir desastres naturais”. Ele ressaltou ainda a importância da troca de informações entre os países.

O Secretario-Geral do ITF, Young Tae Kim, acrescentou, em seu discurso de apresentação, que o fórum tem a missão de estimular troca de informações e o compartilhamento de experiencias e de tecnologias. O ministro dos Transportes da Alemanha, Patrick Schnieder, é esperado para contribuir com o debate ao apresentar as ações de seu pais em relação aos meios de transporte e a mobilidade urbana.

Apesar de contar com a participação de um representante brasileiro, o ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho, não compareceu ao evento. Em seu lugar, e esperado o diretor do Departamento de Obras Publicas do Ministério dos Transportes, Alan Magalhaes.

A ausência do ministro foi notada, mas a delegação brasileira tem tido participação ativa nas discussões técnicas, nas reuniões paralelas e acompanham os debates sobre transporte ferroviário, intermodalidade e financiamento verde para infraestrutura.

O Fórum Internacional de Transportes é promovido anualmente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e atua como uma plataforma de diálogo entre governos, setor privado e sociedade civil. A expectativa é que, ao final do evento, seja divulgada uma declaração conjunta com recomendações para políticas públicas e cooperação internacional no setor de mobilidade.

Além de temas ambientais, a segurança viária, a inclusão social nos sistemas de transporte e o impacto das novas tecnologias, como inteligência artificial e veículos autônomos, também estão entre os tópicos mais discutidos nesta edição.

O evento reforça o papel estratégico do transporte como vetor de desenvolvimento e sustentabilidade em um cenário global cada vez mais desafiador.

Participação brasileira

O gerente de Desenvolvimento de Transporte Enviado pela Confederaçao Nacional de Transportes (CNT), Tiago Veras, é outro representante do Brasil no evento. Nesta quarta-feira, ele apresentara o painel Grandes Riscos do Setor de Transportes do Brasil e as Medidas para Mitiga-los.

Ele abordará os eventos disruptivos, como crises pandêmicas, condições climáticas extremas e conflitos entre países que exigem gestão de riscos adequada, resiliência de infraestrutura e preparação por parte de organizações e nações.

De acordo com o sumario da programação, o setor de transportes reconhece a importância de antecipar medidas para reduzir a exposição a riscos e adaptar infraestruturas para melhor responder a eventuais ameaças que possam impactá-lo negativamente. Nesse sentido, o combustível alternativo é fundamental para aumentar a resiliência, pois reduz as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis.

Diante desse contexto, Alan abordará os principais desafios de risco e potenciais soluções aplicadas ao contexto brasileiro.

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