Um caminhão que carregava sete toras de madeira de forma ilegal foi apreendido no município de Caroebe. A ação, realizada pela Companhia Independente de Policiamento Ambiental (CIPA), da Polícia Militar de Roraima, ocorreu durante patrulhamento na zona rural do município de Caroebe, no sul do estado.
O veículo, um caminhão Volkswagen Worker branco, estava abandonado, sem placa de identificação, em condições precárias de conservação e segurança. Na carroceria, os policiais encontraram sete toras de madeira nativa — seis da espécie maçaranduba (Manilkara spp.) e uma de cupiúba (Goupia glabra) —, todas transportadas sem o Documento de Origem Florestal (DOF), exigido por lei.
Segundo o relatório da ocorrência, a suspeita é de que o caminhão tenha sido abandonado devido a falhas mecânicas, elétricas e estruturais. Para evitar a fuga com o veículo, a guarnição retirou a bateria e iniciou diligências em busca de apoio técnico para remover o caminhão. No entanto, ao retornarem ao local na manhã seguinte, os policiais perceberam que o veículo havia sido levado. Através de rastreamento por marcas de pneus, ele foi novamente localizado, desta vez na vicinal 10.
Apreensão e Multa
A carga totalizava aproximadamente 19,061 metros cúbicos de madeira, volume aferido com auxílio da fórmula de Smalian. A multa aplicada pela infração ambiental foi de R$ 5.700,00. Já os bens apreendidos — o caminhão e duas baterias — foram avaliados em R$ 82 mil e estão sob custódia da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (FEMARH), que atua em parceria com a Polícia Ambiental nas ações de fiscalização.
A madeira foi doada à uma igreja de Caroebe. O material foi serrado em uma madeireira local e posteriormente destinado ao pátio da instituição religiosa. A doação segue os critérios do artigo 107 do Decreto Federal 6.514/2008, que autoriza o repasse de madeira sob risco de perecimento.
Detalhes da Operação e Investigação
O flagrante ocorreu no dia 13 de maio, por volta das 21h56, na vicinal 11, a cerca de 354 km de Boa Vista. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. Um advogado se apresentou no destacamento da PM de Caroebe alegando representar o suposto proprietário do caminhão. A polícia deve continuar com as investigações para apurar os responsáveis pela prática do crime ambiental, previsto no artigo 46 da Lei Federal nº 9.605/1998.
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