Quinze anos após cometer dois assassinatos e fugir do país, um homem foi condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Itapiranga, no Extremo Oeste de Santa Catarina. A sentença acolheu integralmente a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenou o réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Os crimes ocorreram em agosto de 2009, em um restaurante da cidade, após um desentendimento entre o réu, um comparsa e as vítimas, pai e filho. Armados com facas, os agressores atacaram os dois homens, que morreram no local devido à gravidade dos ferimentos. O comparsa foi julgado e condenado pouco tempo depois, mas o outro envolvido fugiu do Brasil logo após o crime e permaneceu foragido por mais de uma década.
O réu foi localizado em agosto de 2024 na Argentina, após o mandado de prisão ser incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. Após a captura, foi extraditado ao Brasil, onde permaneceu preso preventivamente até o julgamento.
O Promotor de Justiça Rafael Rauen Canto destacou que a condenação reafirma o compromisso da comunidade com a justiça e com o repúdio à violência. “O passar do tempo não devolve o sangue derramado e não repara a dor do luto. A pena, idêntica à do corréu julgado à época, mostra que a sociedade não esqueceu a gravidade dos atos cometidos e deu uma resposta adequada”, afirmou. A Justiça também negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, considerando a gravidade dos crimes e o extenso período de fuga.
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