Semob instaura procedimento interno para apurar cobrança de propina por parte de auditor fiscal 

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A Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) informou neste domingo (18/05), que determinou a instauração de processo administrativo para apuração interna do caso do servidor envolvido em cobrança indevida de propina.

Em nota, a pasta informou ainda, que acionou a Polícia Civil do DF (PCDF) e, para não atrapalhar o andamento das investigações, manteve o auditor fiscal de transportes em suas atividades até sexta-feira (16/05), quando ele foi afastado de suas funções devido o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

O servidor é alvo da Operação Mobilidade Clandestina, deflagrada pela PCDF, na última sexta-feira, com objetivo de apurar possíveis crimes de concussão e corrupção passiva, supostamente cometidos pelo auditor fiscal da SEMOB. De acordo com as investigações da da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR/DECOR), o servidor de 59 anos, valendo-se do cargo, teria exigido de forma sistemática pagamentos mensais de permissionários vinculados a uma cooperativa de transporte alternativo que opera no Terminal Rodoviário de Sobradinho. 

Segundo relatos, os valores cobrados variavam entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, mensais. Caso o pagamento não fosse efetuado, o auditor ameaçava fiscalizar de forma abusiva e lacrar indevidamente os veículos fiscalizados.

Durante a Operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um na residência do servidor e outro na sala de atendimento utilizada por ele. Os agentes encontraram na casa do auditor, a quantia de R$ 2 mil (dois mil reais) em um envelope suspeito que, segundo informado pela PCDF, pode ser indício de propina recebida.

Os crimes investigados configuram concussão e corrupção passiva e preveem penas que, somadas, podem ultrapassar 24 anos de reclusão.

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