A história da conversa vazada entre a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, com o presidente da China, Xi Jinping, expõe dois problemas. O primeiro é o papel dela no governo. Mulher moderna, com opiniões, Janja se recusa a ocupar o figurino tradicional de primeira-dama.
Ela tem o direito de ter opinião, mas ao externá-la, acaba gerando um problema: num encontro privado, o que ela diz é somente o que ela pensa ou isso reflete uma posição do governo? Mas o segundo problema é o mais grave.
O fato de a conversa ter vazado revela o alto grau de intriga palaciana. Quem vazou, queria desgastá-la. Mas, ao fazer isso, desgasta também o governo. Intrigas palacianas sempre existem. Mas, quando são muito fortes, terminam em tragédia. Como já nos ensinava Shakespeare. É o que avalia Rudolfo Lago no JBrNews de hoje.
