Caps II de Taguatinga abre Semana da Luta Antimanicomial com atividades voltadas ao cuidado e à liberdade

Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), por meio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II de Taguatinga, iniciou nesta segunda-feira (12) a programação da Semana da Luta Antimanicomial. Com o tema “Abrindo caminhos”, o evento acontece até sexta-feira (16) e tem como objetivo valorizar os serviços substitutivos em saúde mental, reforçar o cuidado em liberdade e estimular uma sociedade mais justa e inclusiva para pessoas em sofrimento psíquico.

A cerimônia de abertura contou com um café da manhã especial, uma oficina de automaquiagem e uma palestra sobre “Autocuidado e respeito aos processos da vida”, conduzida pela psicóloga e servidora da SES-DF Kisla Veiga. “A luta antimanicomial precisa seguir viva e ativa nas políticas públicas, mas também deve começar dentro de cada um de nós”, afirmou a profissional. “Só conseguimos desenvolver uma saúde mental de qualidade quando abrimos caminhos internos de autoconhecimento e equilíbrio.”

A gerente do Caps II de Taguatinga, Aline Canuto, ressaltou a importância de ações como essa. “Fortalecer os vínculos entre usuários, profissionais e a comunidade é essencial. Ao promover momentos de cuidado e acolhimento, mostramos que essas pessoas fazem parte da sociedade e têm direito à saúde mental com dignidade”, afirmou.

Durante a semana, a unidade promove uma série de atividades, como palestras temáticas, apresentações culturais, Práticas Integrativas em Saúde (PIS), bazar, oficinas e rodas de conversa.

Usuário do Caps II, Mateus Gonçalves, 24 anos, compartilhou seu relato durante o evento. “O Caps apareceu num momento crítico da minha vida e abriu um caminho para mim. Essas atividades nos ajudam a nos reconectar com a realidade e com nós mesmos”, disse.

Atendimento humanizado e sem necessidade de encaminhamento
O Caps II de Taguatinga é um serviço substitutivo ao modelo hospitalar tradicional, que historicamente se baseava na internação prolongada e no isolamento. Atualmente, a proposta é o cuidado em liberdade, realizado próximo da comunidade e com foco na humanização e no fortalecimento de vínculos sociais.

A unidade funciona com atendimento diário, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e é voltada para pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, com idade igual ou superior a 18 anos. O serviço é porta aberta, ou seja, não exige encaminhamento prévio.

Com uma média de 250 usuários por dia e 900 procedimentos mensais, o Caps II conta com uma equipe multidisciplinar composta por 25 profissionais, entre médicos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.

A unidade atende moradores das Regiões de Saúde Sudoeste — Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires e Água Quente — e Oeste, que inclui Brazlândia, Ceilândia (exceto QNN e QNM) e Sol Nascente/Pôr do Sol.

Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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