Jucá e Mecias desconversam sobre impactos de possível aliança MDB-Republicanos

O ex-senador Romero Jucá e o senador Mecias de Jesus
O ex-senador Romero Jucá e o senador Mecias de Jesus (Fotos: Agência Senado)

Adversários históricos, os presidentes estaduais do MDB, ex-senador Romero Jucá, e do Republicanos, o senador Mecias de Jesus, ainda não têm uma posição pública clara sobre os impactos locais de possível federação entre as siglas para eleições de 2026 e 2028.

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Na terça-feira (6), os presidentes nacionais das siglas, Baleia Rossi (MDB), e Marcos Pereira (Republicanos), se reuniram para discutir a aliança para se contrapor à União Progressista. Essa federação é formada por União Brasil e Progressistas.

Em Roraima, uma eventual união entre as siglas poderia reunir integrantes de grupos políticos rivais. É o caso, portanto, do vice-governador Edilson Damião (Republicanos) e da ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB). Ambos podem disputar o Governo em 2026.

Além disso, há o próprio Mecias, aliado do governador Antonio Denarium (Progressistas), e o prefeito Arthur Henrique (MDB), apadrinhado por Jucá e Teresa. O senador e os gestores estadual e municipal podem disputar o Senado no ano que vem.

Indefinição

O senador Mecias de Jesus na Comissão de Meio Ambiente
O senador Mecias de Jesus na Comissão de Meio Ambiente (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Mecias ainda considera a aliança nacional como uma “especulação”. Por outro lado, ele disse que respeitaria uma eventual decisão do diretório nacional favorável a essa “unidade”.

O político também desconversou sobre dividir palanque com o MDB.

“Esse tema ainda não foi discutido com a bancada, tampouco com as representações estaduais e municipais”, afirmou. “Isso é algo para ser visto a partir da concretização da proposta”.

Ao comentar os embates históricos com o grupo político de Jucá, o senador disse não possuir “inimigos”, mas “adversários”. Ademais, descartou que uma eventual federação poderia enfraquecer a autonomia do Republicanos em Roraima.

“Se faz a política olhando pros lados e pra cima e nunca pra trás. Todo e qualquer acordo se bem construído tende a somar”, pontuou.

O ex-senador Romero Jucá no dia do primeiro turno das eleições de 2022
O ex-senador Romero Jucá no dia do primeiro turno das eleições de 2022 (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Questionado sobre o mesmo contexto, Romero Jucá, então, se limitou a dizer que não há nada definido sobre o assunto, “nem âmbito local ou nacional”.

“A formação de uma possível Federação com outros partidos é um tema em avaliação, que está sendo estudado pelo presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), que também manteve diálogo com outras bases partidárias, como o PSD”, destacou.

Federação pode reunir 80 políticos

Caso se concretize, a federação pode reunir 80 políticos com mandato:

  • O vice-governador;
  • Seis deputados estaduais (quatro do Republicanos e dois do MDB), incluindo o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio;
  • Cinco deputados federais (três do Republicanos e dois do MDB);
  • O senador Mecias de Jesus (Republicanos);
  • Sete prefeitos (seis do Republicanos e um do MDB), incluindo o da capital;
  • Seis vice-prefeitos (todos do Republicanos);
  • Cinquenta e quatro vereadores (45 do Republicanos e nove do MDB), incluindo o presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos).

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