UBS 1 de Vicente Pires promove passeio com foco na saúde mental

Fotos: Sandro Araújo/SES-DF

Cerca de 30 idosos atendidos pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Vicente Pires participaram, nesta terça-feira (6), da ação Mentes em Movimento, promovida pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). A atividade, voltada aos usuários da terapia comunitária integrativa, levou o grupo ao Complexo Cultural da República, no centro de Brasília, onde visitaram a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional da República.

Com o lema “cuidar da mente também é movimentar o corpo, sair da rotina e ocupar novos espaços”, a proposta da ação foi unir saúde mental, cultura e convívio social. Muitos dos participantes, apesar de morarem há anos na capital, nunca tinham estado nos locais visitados.

Foi o caso do aposentado José Batista, de 70 anos. “Desde que entrei no grupo, tudo melhorou para mim”, contou. “Moro sozinho e hoje estou feliz da vida de poder conhecer esse lugar [a Biblioteca Nacional de Brasília]”.

Durante a visita guiada, os participantes conheceram a estrutura interna da biblioteca, aprenderam sobre o funcionamento do acervo e, no Museu Nacional, puderam interagir com exposições sobre a história de Brasília. A atividade foi organizada pela equipe multiprofissional (e-Multi) da UBS, em parceria com a equipe de Saúde da Família (eSF).

Segundo a terapeuta ocupacional Marília Mendes, a ação integra o planejamento terapêutico da unidade. “A saúde não acontece só dentro da UBS. Ao ocupar os espaços da cidade, fomentamos o acesso à cultura, à socialização e à troca entre os participantes”, explicou. “É nesse movimento que fortalecemos a promoção da saúde de forma integrada e comunitária”.

A ideia do passeio surgiu durante uma roda de conversa na terapia comunitária, realizada na semana do aniversário de Brasília. Na ocasião, muitos relataram nunca ter visitado os pontos turísticos da cidade, seja por limitações físicas, falta de recursos ou rotina intensa.

“A equipe acolheu o desejo do grupo e, com o apoio da gerência da unidade, conseguimos transformar a conversa em uma ação concreta de cuidado e integração com a cidade”, afirmou a técnica em enfermagem Carla Rego.

A aposentada Maria Batista, 75 anos, que participa do grupo há três anos, também celebrou a iniciativa. “Esses passeios para nós, que temos problemas emocionais, ajudam muito. Podemos conhecer novas pessoas e nos sentimos mais alegres”.

Embora formado majoritariamente por idosos, o grupo da terapia comunitária é aberto a usuários a partir de 18 anos com demandas de saúde mental leve. “Os pacientes criam um vínculo muito grande e um sentimento de pertencimento”, destacou a psicóloga Sofia Lisboa. “Mesmo diante de desafios pessoais, eles conseguem acessar outras formas de cuidado, convivência e bem-estar”.

A equipe já planeja novas atividades para os próximos meses, com o compromisso de continuar ouvindo os desejos dos usuários e transformando-os em experiências de cuidado, inclusão e transformação.

Com informações da Secretaria de Saúde

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