Brasília tem nova ministra e é para mudar orientação  

Nascida em Londrina, mas residente em Brasília há décadas, acompanhando o irmão Gilberto Carvalho, primeiro chefe de gabinete do governo Lula, a nova ministra das mulheres, Márcia Lopes nunca deixou completamente o estado natal, onde foi inclusive candidata a prefeita – sempre derrotada, mas sempre pelo PT. De lá para cá, porém, passa mais tempo em Brasília, com o irmão.

A troca feita por Lula, porém, não é apenas de uma petista por outra. Márcia tem perfil muito diferente da antecessora Cida Gonçalves, muito mais identificada com ideologias de gênero. A função de Márcia é trazer de volta para o PT as mulheres – especialmente as mães solo – que estão muito mais preocupadas com a sobrevivência do que com teorias feministas. Existe no PT, hoje, crescente temor com a perda desse eleitorado, considerado mais intelectualizado, mais ideologizado – e sem voto.

Devem, assim, ganhar força as medidas mais assistenciais. Gente malvada insiste em acreditar que a ausência de Janja, fazendo turismo em Moscou, ajudou a apressar a mudança, inclusive porque a primeira-dama é apontada como defensora ferrenha das bandeiras do feminismo e das questões de gênero.

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