PAULO EDUARDO DIAS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Peritos da Polícia Técnico-Científica realizam na tarde desta terça-feira (6) uma perícia complementar no caso do assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele ocorrido em junho de 2019.
O ato, sem a presença do réu, ocorre na estrada do Alvarenga, bairro Pedreira, zona sul de São Paulo.
A ação ocorre após pedido da nova defesa de Cupertino, realizada pela Defensoria Pública, de acordo com o advogado da família das vítimas, Fernando Viggiano.
Segundo o advogado, com a simulação, a Defensoria Pública pretende obter o croqui do imóvel onde Cupertino morava, a localização dos corpos após os tiros e a posição das balas.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse, por meio de nota, que a Polícia Civil, em atendimento a requisição judicial, participa da realização de perícia complementar referente ao caso.
Cupertino já chegou a se sentar no banco dos réus em outubro do ano passado, mas o júri foi cancelado após ele demitir seus advogados durante os depoimentos.
A medida ocorreu horas depois do início do julgamento. Cupertino alegou quebra de confiança. Com isso, o conselho de sentença, formado por seis mulheres e um homem, foi dissolvido.
Naquela ocasião foram ouvidas a ex-mulher de Cupertino, Vanessa Tibcherani, e a filha, Isabela, que namorava Rafael Miguel na época do crime. Esses depoimentos serão anulados.
O CRIME
O ator Rafael Henrique Miguel, 22, que interpretou o personagem Paçoca na novela infantil “Chiquititas”, exibida pelo SBT, e seus pais foram mortos a tiros na tarde do dia 9 de junho de 2019, no bairro Pedreira, zona sul da capital, quando iriam visitar a namorada do artista.
Segundo o boletim registrado pela polícia, o ator, acompanhado de seus pais, João Alcisio Miguel, 52, e Miriam Selma Miguel, 50, foram até a casa de sua namorada para conversar com o pai dela sobre o namoro, por volta das 14h. As vítimas foram recebidas pela mãe e pela namorada de Rafael Miguel.
Quando a família era recepcionada, o pai da garota teria chegado em casa com uma arma e, em seguida, atirado contra as três vítimas, que aguardavam no portão da residência. Rafael e os pais morreram no local.
Após os disparos, o Cupertino fugiu. Ele foi preso em maio de 2022, três anos após o crime.