O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (foto), disse nesta segunda-feira, 5, a emissoras de Brasília que a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais será aprovada pelo Congresso.
Mas, e existe sempre um “mas”, o ônus não ficará em cima da classe média, como prevê o texto original do governo.
“O Congresso vai aprovar sim, ela é boa, mas não pode ser danosa para a economia. Outras saídas, compensações, podem ser encontradas e isso está sendo discutido, como, por exemplo, cobrar um pouco mais de bancos, de pessoas jurídicas e não apensas de pessoas físicas”, afirmou.
É uma resposta de Hugo Motta à proposta do governo, que recai sobre assalariados de classe média. Nos termos originais encaminhados pelo Planalto, para compensar a perda de receitas que o aumento da isenção trará, o governo propõe um novo imposto mínimo de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano.
Segundo Hugo Motta, uma das ideias a serem discutidas é cobrar também de bancos e empresas. Motta não disse, mas tornou claro que o Congresso tende a não criar essa nova sobretaxa sobre assalariados.