Pioneiro no Brasil, Hfaus já atendeu mais de 2,5 mil animais silvestres no DF

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Desde que foi inaugurado em março de 2024, o Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus) já acolheu e tratou 2.511 animais silvestres. A unidade, vinculada ao Instituto Brasília Ambiental e gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), é a primeira do país a oferecer atendimento integrado e especializado com foco na reabilitação e devolução dos bichos ao seu habitat natural.

Entre os pacientes atendidos até agora, estão 1.554 aves, 882 mamíferos e 75 répteis. Todos passam por uma triagem completa com exames laboratoriais, ultrassonografia, raio-X e, quando necessário, tomografia. “Cada animal que chega aqui passa por uma avaliação completa. Tudo para garantir a melhor reabilitação possível”, afirma o biólogo Thiago Marques de Lima, responsável técnico pelo hospital.

A estrutura do Hfaus foi planejada para respeitar o comportamento natural das espécies. O espaço é dividido por grupos — mamíferos, répteis e aves — e conta com alas que evitam o estresse provocado pela proximidade entre predadores e presas. A equipe multidisciplinar, formada por veterinários, biólogos e outros especialistas, atua em diversas frentes: saúde física, nutrição, comportamento e bem-estar psicológico dos animais.

O hospital é fruto de uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada, com atuação conjunta de órgãos como o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), a Secretaria de Meio Ambiente do DF (Sema-DF), o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF).

A orientação, em caso de avistamento ou resgate de animal silvestre, é não intervir diretamente. O mais indicado é acionar os órgãos responsáveis pelos telefones 190 (BPMA) ou 193 (CBMDF).

Casos marcantes

Entre os muitos atendimentos realizados, alguns casos chamam a atenção pela gravidade e pelo simbolismo. No último sábado (3), um tamanduá-bandeira foi resgatado pelo BPMA em Sobradinho, após invadir uma residência. O animal apresentava escoriações na cauda e nas patas, possivelmente provocadas por cães. Ele segue em tratamento.

Outro caso recente é o de um lobo-guará encontrado em Padre Bernardo (GO) com sinais de ferimentos graves. A princípio, acreditava-se em atropelamento, mas os exames indicaram que o animal pode ter sido vítima de uma armadilha. Com lesão na pata, hemorragia interna e estado de magreza severa, o lobo passou por cirurgia e vem se recuperando.

Também deu entrada no hospital um cachorro-do-mato atropelado e diagnosticado com parasitas intestinais. Ele passou por vermifugação, tratamento dentário e agora se encontra em fase final de recuperação.

Um dos primeiros pacientes do Hfaus também marcou a trajetória da unidade: um tamanduá-bandeira resgatado em junho de 2024 no Park Way, após ataque de cães. Com a cauda gravemente ferida, o animal passou por diversas cirurgias e, após receber alta no fim de março, foi transferido para o Cetas, onde continua sendo acompanhado para reintrodução à natureza.

Com informações da Agência Brasília

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