O empresário Rodrigo Morgado, preso durante a Operação Narco Vela da Polícia Civil, está no centro de uma trama que mistura ostentação, escândalos trabalhistas, futebol e celebridades. Morgado é investigado por envolvimento com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, mas sua atuação recente como dirigente do Atlético Monte Azul, clube do interior de São Paulo, desnuda uma nova e ruidosa dimensão do caso: ele é sócio de Neymar Pai e do ex-jogador Emerson Sheik na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que comanda o clube.
Apesar do rebaixamento para a Série A3 do Campeonato Paulista em 2024, o Monte Azul venceu a Copa Paulista, e garantiu uma vaga inédita na Série D. O time é um dos oito integrantes no Grupo A7, juntamente com Cianorte-PR, Cascavel-SC, Goiatuba-GO, Inter de Limeira-SP, Itabirito-MG, Operário-MS e Uberlândia-MG.
A SAF do Monte Azul foi registrada em novembro de 2023, com Rodrigo Morgado se apresentando como um dos principais investidores. Foi nesse período que o clube passou a se destacar não apenas pelos resultados em campo, mas também pela presença de figuras midiáticas como Neymar Pai e Sheik na gestão.
Mas a notoriedade de Morgado não se restringe ao futebol. Dono da empresa de contabilidade Quadri, ele viralizou recentemente por sortear um Jeep Compass entre seus funcionários na confraternização de fim de ano – e, depois, demitir a ganhadora e retomar o carro. O episódio foi alvo de ampla repercussão e denúncias trabalhistas. A isso se somam postagens em redes sociais ostentando riqueza e a amizade com celebridades, como Neymar.
Enquanto a polícia aprofunda as investigações sobre os negócios de Morgado, o Monte Azul se prepara para disputar o cenário nacional. O clube vê seu nome envolvido em manchetes que extrapolam os limites do campo.