Antonella, antes de tudo, representa o amor do casal Jarbas e Mikael Bitencourt, que estão juntos há 16 anos. Eles sempre sonharam em ter uma filha e foram “presenteados”, como afirmam, com a possibilidade que a medicina proporcionou ao realizarem o tratamento que possibilitou a chegada da Antonella por meio da fertilização in vitro. O processo foi feito com o sêmen de Jarbas e o óvulo da irmã de Mikael — o que fez com que Antonella carregasse, de fato, o DNA dos dois pais. A gestação foi realizada por uma amiga do casal, que se ofereceu como barriga solidária, tornando o sonho possível com muito afeto, generosidade e em caráter de altruísmo.
A menina rapidamente se tornou uma referência no debate sobre inclusão e diversidade. Sua história inspira as pessoas que os acompanham nas redes sociais, o crescimento da Antonella e o dia a dia de seus dois pais, que a criam com muito amor e consciência para enfrentar o preconceito.

O casal tem sido convidado para eventos importantes, como o da Lago — Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Unisinos, no Rio Grande do Sul
Tanto simbolismo tornou Antonella e seus pais um sucesso nas redes sociais: só no Instagram, já são mais de 130 mil seguidores e 12 milhões de visualizações nos últimos 30 dias. Números que chamaram a atenção do mercado publicitário — especialmente de empresas engajadas em causas sociais e na defesa dos direitos das minorias, como o Banco Digital Willbank, o Boticário, uma das maiores empresas de cosmeticos do Brasil, e também a Leiturinha, o maior clube de assinaturas de livros infantis do país, entre outras. “Estamos felizes com o interesse cada vez maior de empresas comprometidas com causas das minorias, especialmente o apoio à luta contra a homofobia”, destaca Jarbas.
O casal também tem sido convidado para eventos importantes, como o da Lago — Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Unisinos, no Rio Grande do Sul. Recentemente, participaram de dois simpósios em Porto Alegre, também dois em Florianópolis, através do Projeto Nós Tentantes, que incentiva mulheres a doação de óvulos e sua importância. Nossa participação se dá compartilhando a experiência com a doação de óvulos e a importância dessa alternativa para quem sonha em formar uma família. “Nas palestras, mostramos que o processo de barriga solidária não é exclusivo para casais homoafetivos. Ele também é uma opção para pais e mães solos, além de casais heterossexuais que por alguma razão, não conseguem engravidar naturalmente”, explica Mikael.
“Estamos aqui para inspirar e encorajar mulheres a serem doadoras de óvulos, mostrando que nossa história é um exemplo de como a doação pode realizar o sonho de ser pai ou mãe, independentemente da orientação sexual”, finaliza, Jarbas Bitencourt.