O chefe da equipe econômica mencionou que há um conjunto de medidas micro e macroeconômicas para alavancar o investimento no País, como o Desenrola, o Marco de Garantias, o programa Acredita e, agora, o crédito consignado privado.
O ministro da Fazenda destacou com otimismo os efeitos estruturais da reforma tributária sobre o consumo doméstico. Para ele, sistemas de crédito e tributários “decentes” poderão alavancar investimentos no Brasil.
“A partir dessa reforma, a disputa não se dará entre as empresas por quem tem o melhor planejamento tributário. A disputa vai se dar por quem é mais produtivo, por quem mais investe em ciência e tecnologia”, afirmou Haddad. “Vai mudar da água para o vinho a postura do empresário, que vai poder substituir mão de obra improdutiva, que está hoje, não por conta do trabalhador, mas por culpa do sistema tributário”, acrescentou.
Haddad voltou a repetir que a reforma tributária deve impulsionar um ambiente de alta produtividade, e que está sendo desenvolvido um sistema para a reforma tributária que estará disponível a partir de janeiro de 2026.
Segundo o ministro, o novo sistema tributário será todo digital e vai proporcionar o acompanhamento da economia em tempo real.
“Isso vai dar uma capacidade de planejamento para o Estado e uma capacidade de planejamento para as empresas de previsibilidade que hoje elas não têm”, frisou Haddad.
Ações de longo prazo, mais protegidas de populismo
O ministro da Fazenda reiterou que tem uma “confiança inabalável” de que o Brasil pode se desenvolver de forma diferente do que ocorria em anos anteriores. “Acho que nós podemos dar um salto de qualidade com reformas sérias. Insisto em dizer que a coisa mais importante para o Brasil é reconstituir uma política de Estado. Nós temos que ter uma política de longo prazo no Brasil, mais protegida de populismo, protegida. Há uma coisa que se chama Brasil, o nosso país, e que precisa ter uma visão de longo prazo. Isso precisa ser reconstruído, reconstituído, até para você mexer com a esperança das pessoas”, defendeu.
Haddad voltou a defender a proposta de reforma da renda enviada pela equipe econômica, que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e compensa com a tributação de rendas mais altas, reforçando que o Brasil precisa rever a distribuição de renda.
“O Brasil não é sustentável, nem do ponto de vista político, nem do ponto de vista social, nem do ponto de vista democrático”, disse ele.
O ministro defendeu que é preciso colocar a questão da justiça social não apenas no horizonte econômico, mas também no horizonte da sociedade que deseja construir.