Nicoletti não descarta disputar Senado e quer apoio de Bolsonaro

O deputado federal Nicoletti durante o programa Agenda da Semana, da Folha FM
O deputado federal Nicoletti durante o programa Agenda da Semana, da Folha FM (Foto: Folha FM)

O deputado federal Nicoletti (União Brasil-RR) afirmou neste domingo (27) que pode disputar o Senado em 2026, caso conte com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao Agenda da Semana, da Folha FM, ele destacou que avalia a candidatura como uma resposta necessária à falta de políticos de direita “ficha limpa” e que enfrentem o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Governo Lula (assista ao programa completo ao final da reportagem).

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“Se no próximo ano eu tiver espaço em algum partido e o apoio do Bolsonaro, não descarto a candidatura. Nenhum dos pré-candidatos ao Senado fala sobre o STF ou combate esse desgoverno”, disse Nicoletti.

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Ele também afirmou que poderá mudar de partido para ingressar no PL, mas condicionou essa decisão a futuras conversas com a direção nacional e estadual da sigla, liderada em Roraima por Marcelo Zeitoune (PL) e apadrinhada pelo prefeito Arthur Henrique (MDB).

Federação União Brasil-Progressistas

Como presidente estadual do União Brasil, Nicoletti confirmou que o partido formará uma federação com o Progressistas pelos próximos quatro anos. Ele revelou que o senador Dr. Hiran (Progressistas) presidirá a federação em Roraima, mesmo sem deputados federais pelo Estado.

“Não me incomodo com isso [presidência do Dr. Hiran], porque ainda avalio se permaneço ou não no União Brasil. Decidirei isso na janela partidária, em março de 2025”, afirmou o deputado, alertando que pode deixar o partido caso ele se alie à esquerda nas eleições de 2026.

Nicoletti criticou a direção nacional do União Brasil, afirmando que suas opiniões têm sido ignoradas, como aconteceu durante a disputa interna pela candidatura à Prefeitura de Boa Vista em 2024, vencida pela deputada Catarina Guerra (União Brasil).

Na esfera nacional, Nicoletti adiantou que o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) deve comandar a federação, que pretende lançar um candidato de direita à vice-presidência em 2026, possivelmente com Jair Bolsonaro ou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabeça de chapa.

Mesmo com ministros no Governo Lula – Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Integração) -, Nicoletti assegurou que o União Brasil não apoia a gestão federal. “O partido não entrega votos no Congresso”, enfatizou.

Se confirmada, a federação União Brasil-Progressistas formará a maior bancada do Congresso Nacional, com 108 deputados e 13 senadores, superando o PL na Câmara.

Críticas contra STF, governos Lula e Denarium, e ALE

Durante a entrevista, Nicoletti criticou decisões recentes do STF, classificando-as como incoerentes. Ele citou a soltura de traficantes em contraste com a condenação de envolvidos do 8 de Janeiro.

O deputado também afirmou que a prisão do ex-presidente Fernando Collor, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, serve como um aviso de que Bolsonaro pode sofrer o mesmo destino.

Nicoletti ainda criticou as fraudes reveladas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante o Governo Lula e defendeu a responsabilização dos culpados, além da devolução dos valores descontados dos aposentados.

No cenário estadual, o parlamentar atacou a gestão do governador Antonio Denarium (Progressistas), apontando falhas em áreas como Educação, Saúde e Segurança Pública. Ele também acusou deputados estaduais de conivência e prometeu investigar se a CPI das Terras realmente entregou relatório à Polícia Federal.

“O Governo distribui cargos de forma atropelada. Espero que o presidente [da Assembleia Legislativa de Roraima, Soldado] Sampaio reavalie sua postura de se ajoelhar ao Governo”, disparou, ao comentar a nomeação de Diego Aragão para a presidência do Detran-RR (Departamento Estadual de Trânsito).

PEC 47

Nicoletti reforçou seu apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 47, que amplia o prazo de enquadramento de servidores federais dos estados de Roraima, Rondônia e Amapá, abrangendo de 1988 a 1998.

O deputado já protocolou quatro pedidos para criar uma comissão especial que acelere a tramitação da matéria. “Muitos servidores morreram esperando esse direito. É algo que precisa ser garantido pela Constituição”, concluiu.

Agenda da Semana – 27/04/2025

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