Atirador de Novo Hamburgo era esquizofrênico e tinha armas registradas; veja o que se sabe

O homem que matou o próprio pai, o irmão e um policial militar, no Rio Grande do Sul, era diagnosticado com esquizofrenia. As informações foram confirmadas na manhã desta quarta-feira (23) durante uma coletiva de imprensa. O atirador de Novo Hamburgo, achado morto na casa onde morava, estava afastado do trabalho por questões psicológicas.

Atirador de Novo Hamburgo - homem branco, calvo, com olhos azuis claros. Ele tem sobrancelhas e cabelos claros

Edson Fernando Crippa era diagnóstico com esquizofrenia, mas tinha armas registradas, segundo autoridades – Foto: Reprodução/ND

Atirador de Novo Hamburgo tinha armas registradas

O Secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, destacou durante a coletiva de imprensa que o homem, identificado como Edson Fernando Crippa, de 45 anos, era caminhoneiro e atirador esportivo. As informações são do Correio do Povo.

“Ele tinha armas registradas legalmente. Uma no sistema Sigma, do Exército, e outra no Sinarm, da Polícia Federal. Por ser CAC [Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador], ele teve que apresentar um laudo atestando que teria condições de portar uma arma, mas ele já teve quatro internações por esquizofrenia”, explica Sandro Caron.

Segundo o secretário, foram encontradas duas pistolas, duas carabinas, além de uma quantidade significativa de munição no local.

“Com esquizofrenia não é uma questão de se, mas de quando a tragédia vai acontecer. Ele tinha isso e armas em casa”, completou Sandro Caron.

Coletiva de imprensa entre policiais e autoridades públicas de segurança - foto mostra homens de terno sentados, ao lado de uma mulher e policiais fardados

Ao menos quatro pessoas seguem hospitalizadas após tiroteio em Novo Hamburgo, segundo a SSP – Foto: Calvin Neruan/SSP-RS/Divulgação/ND

Atirador abateu drones, dizem autoridades

Edson Fernando Crippa tinha um boletim de ocorrência registrado contra ele por ameaça – no entanto, as autoridades afirmam que Crippa não tinha antecedentes criminais.

Após três incursões para a remoção de mortos e feridos, os agentes utilizaram drones para verificar se mais pessoas, além do atirador, estavam na casa.

“Foi aí que usamos drones para nos certificarmos de que não haveria danos colaterais se invadíssemos. Neste momento, constatamos que ele estava sem vida”, afirmou o comandante-geral da Brigada Militar, Cláudio Feoli.

“Imaginem que um homem que tenha derrubado dois drones com uma pistola é uma pessoa que sabe atirar. Não temos a noção de cursos, mas ele sabia usar o armamento”, completou o secretário de segurança pública, Sandro Caron.

Viatura da brigada militar na cor verde musgo com detalhes em amarelo ao lado de caminhão dos bombeiros, ambos parados na rua, em frente a uma casa amarela

Caso Atirador de Novo Hamburgo: polícia foi acionada por familiares do suspeito – Foto: Reprodução/R7/ND

Entenda o caso

Edson Crippa foi achado morto na manhã desta quarta-feira (23), após iniciar um ataque contra a família na madrugada da terça-feira (22). Ele matou o próprio pai e o irmão. Um policial militar também morreu durante troca de tiros. O caso aconteceu em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

A polícia militar fez um cerco na residência de Edson após ser acionada pelos pais dele. Crippa, então, começou a disparar contra os policiais.

As vítimas do tiroteio em Novo Hamburgo são:

  • Eugenio Crippa, de 74 anos – pai de Edson;
  • Everton Crippa, de 49 anos – irmão de Edson;
  • Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos – policial militar.

Além dos três mortos, pelo menos 10 pessoas ficaram feridas, entre elas a mãe de Crippa e sete agentes da PM.

*Com informações do Correio do Povo.

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