Trump evita classificar como genocídio o massacre de armênios pelos otomanos

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, absteve-se nesta quinta-feira (24) de classificar como genocídio o massacre de cerca de 1,5 milhão de armênios pelas mãos do Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial.

Seu antecessor na Casa Branca, o democrata Joe Biden, foi o primeiro mandatário americano a rotular esses acontecimentos como “genocídio”, apesar de o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, um aliado de Trump, tentar impedir o reconhecimento desse termo.

Em uma mensagem que os presidentes dos Estados Unidos fazem anualmente em memória desses eventos, Trump falou sobre “a memória daquelas preciosas vidas que foram tiradas em uma das piores catástrofes do século XX”.

Em 2021, Biden prestou “homenagem a todos os armênios que pereceram no genocídio”.

“O retrocesso do presidente Trump no reconhecimento americano do genocídio armênio representa uma capitulação vergonhosa diante das ameaças turcas”, denunciou em um comunicado Aram Hamparian, diretor executivo do Comitê Nacional Armênio dos Estados Unidos.

Segundo Ierevan, as forças otomanas mataram entre 1915 e 1916 cerca de 1,5 milhão de armênios cristãos acusados de apoiar as forças russas.

A Armênia e sua grande diáspora pressionam há décadas pelo reconhecimento do genocídio de seu povo. No total, 34 países, entre eles Estados Unidos, França, Alemanha, Brasil e Rússia, reconhecem oficialmente o genocídio.

© Agence France-Presse

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